São Paulo (Folhapress) Apreensivo antes do início do sorteio, o técnico Antônio Carlos Barbosa não teve do que reclamar depois que as bolinhas foram tiradas. A seleção feminina caiu em uma chave fácil no Mundial, que será no Brasil, em setembro.
A equipe nacional irá enfrentar, na seqüência, Argentina, Coréia do Sul e Espanha, pelo Grupo A. Na segunda fase, cruzará com os três melhores da chave B, de Austrália, Lituânia, Canadá e Senegal. "É um grupo bom. Temos tudo para nos classificarmos bem para a próxima fase", falou Barbosa.
Gerasime Bozikis, o Grego, presidente da Confederação Brasileira de Basquete, foi além. Antes do início do sorteio, previu que o Brasil será o campeão. "No dia 23 de setembro (data da final), nossa equipe feminina estará no lugar mais alto do pódio", profetizou.
Em 2003, o dirigente disse que a seleção masculina se classificaria para os Jogos de Atenas 04 e que o time feminino levaria medalha olímpica. Nada disso ocorreu.
Agora, ao menos, foi favorecido pela tabela. "Nosso grupo é excelente. Tudo está favorável para seguirmos adiante. Com certeza chegaremos no alto", afirmou ele.
Os grupos A e B serão no Ginásio do Ibirapuera, em São Paulo. Já as chaves C e D terão duelos no Ginásio Poliesportivo de Barueri.
Sorte de uns, azar de outros. Os EUA, bicampeões olímpicos, ficaram no "grupo da morte", composto também por Rússia, vice-campeã mundial, China, vencedora do Asiático, e Nigéria, campeão do classificatório da África.
Longe de adversários tão espinhosos, Barbosa acredita que a estréia, contra a Argentina, será o jogo mais fácil da primeira fase. "Temos um histórico de bons resultados contra elas. É o time que vai trazer menos problemas aos outros", analisa o treinador.
Visão parecida tem Horácio Muratore, presidente da federação argentina. Para ele, o simples fato de estar no Mundial já representa uma conquista. "O feminino está longe de se igualar ao masculino na Argentina", comentou, referindo-se à equipe de Ginóbili e Nocioni, campeã olímpica e vice mundial.
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