Veja o histórico de lutas de Anderson Silva| Foto:

Quem será o próximo adversário?

1- Georges Saint Pierre

Uma luta contra o campeão dos meio-médios não está descartada, desde que o canadense vença o desafiante Jake Shields em abril. Seria a verdadeira luta do século.

2- Chael Sonnen

Após seis meses afastado dos octógonos pelo doping contra Silva, Sonnen voltou a provocar o rival. Disse que irá mastigar o brasileiro se tiver a chance de enfrentá-lo em uma possível revanche.

3- Yushin Okami

O japonês, que já venceu Spider (na verdade o curitibano foi desqualificado por um golpe ilegal) também está na fila para tentar tomar o cinturão.

CARREGANDO :)
CARREGANDO :)
Veja também
  • Caminhos opostos

O campeão e quase imbatível Anderson Silva mal sabia aplicar um simples soco ou acertar um chute potente no início de carreira. Fábio Noguchi, 44 anos, homem que ensinou a principal arte marcial do atleta curitibano, afirma que quando conheceu "Spider", por volta de dezoito anos atrás, ele era ruim, como todo iniciante no muay thai. Porém um atributo raras vezes visto lhe chamou a atenção naquele esguio projeto de lutador.

Publicidade

Além de aprender rápido, Anderson era persistente como poucos. Nos treinos de contato, não se apavorava ao ser derrubado. "Aplicava um golpe, mais um, mais um... e ele ia caindo. Chegava uma hora que pensava: esse cara é louco. Isso era uma das coisas que você via que ele era lutador nato. Tem cara que cai e não quer mais saber do negócio com medo de se machucar. Ele perdia até um pouco dos detalhes da segurança, saúde", contou.

Responsável por passar a base de sua luta em pé, Noguchi também se orgulha por ter dado a primeira faixa-preta ao campeão dos pesos médios do Ultimate Fighting Championship (UFC). Naquela época, porém, seu pupilo precisou tomar uma decisão que transformou sua trajetória. Pela chance de lutar fora do país, Anderson Silva trocou a Academia Noguchi pela Chute Boxe.

"O Rudimar [Fedrigo, mestre da Chute Boxe] disse para mim: sinto muito, mas esse é o caminho. Foi uma facada nas costas, mas hoje analiso de outra forma. Se não tivesse dado aquele passo não estaria no UFC", admitiu Noguchi. Mais tarde, Silva mudaria de time novamente, indo treinar na Black House, no Rio de Janeiro.

Segundo o mestre, outro fator foi crucial para que os anos transformassem Silva em um vencedor, enquanto outros, talvez até com mais potencial, ficassem pelo caminho.

"Um cara de muita sorte sem treino não é ninguém. Um lutador não pode ser só lutador. Tem que ter sorte", declarou, citando o duelo contra o americano Chael Sonnen, no ano passado, quando Silva venceu por finalização no quinto round, evitando uma derrota praticamente certa.

Publicidade

No último mês de novembro Silva visitou a academia do ex-professor, quando revelou que enfrentaria Vítor Belfort, a quem Noguchi também já deu aulas.

"Lógico que torci por ele [Anderson]. É meu faixa-preta. Direta ou indiretamente acabo ganhando por ele usar nossa técnica em pé", finalizou Noguchi, ironizando o chute que nocauteou Belfort e que, segundo Silva, teria sido ensinado pelo ator Steven Seagal. "É um movimento básico. Qualquer um sabe que você aprende na primeira ou segunda aula de muay thai".