Em sessão do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) realizada em Curitiba na manhã desta terça-feira (22), o Rio Branco foi absolvido por unanimidade (9 a 0) das acusações de escalar jogador irregular em seis partidas do Campeonato Paranaense. Com isso, o clube parnanguara recuperou os 22 pontos que havia perdido no TJD, fazendo com que o Paraná seja rebaixado para a Segundona Estadual de 2012 por conta dos resultados em campo.
No julgamento, o relator Francisco Mussnich reconheceu que o clube e as federações envolvidas falharam, mas que e os erros não justificam a perda dos 22 pontos por parte do Leão da Estradinha. Ele deu o voto a favor do Rio Branco e os demais auditores acompanharam o voto. Ao fim da sessão, o presidente do clube do litoral, Nivaldo Domanski, e o advogado que representou o clube, Domingos Moro, choraram em razão da vitória no caso complicado. "Nós nunca desistimos. Nós nos preparamos para a Primeira Divisão e confiamos na Justiça. Ela foi feita hoje", afirmou Domanski.
Domingos Moro aproveitou para criticar o atual sistema de registro de atletas, considerado por ele como responsável por todo o imbróglio. "Superamos todos os obstáculos e buscamos nos beneficiar da fragilidade do sistema. O BID tem falhas e precisa mudar. A decisão de hoje irá contribuir para isto", explicou.
Do lado do Paraná, a resignação pelo rebaixamento para a Segunda Divisão Paranaense, inédito na história do clube e uma dose de revolta pela decisão permearam as declarações."Sem dúvida, esta é a pior semana da história do clube. Pelo que apresentamos em campo, merecemos cair. A diretoria reconhece isso", afirmou o vice-presidente paranista Aramis Tissot.
"Foi lamentável. O Paraná está amargurado com rebaixamento no estadual mas temos de separar este resultado do que temos de buscar no sábado", completou o presidente do conselho do Tricolor, Benedito Barboza, lembrando que o Paraná terá de ao menos empatar com o Bragantino no sábado para se manter na Série B do Brasileirão. "O Paraná não aprova este resultado. Os auditores entenderam que não houve má fé do Rio Branco. A gente respeita a decisão, mas não concorda", completou o advogado que representou a equipe da Vila Capanema, Itamar Côrtes.
Caso teve contornos peculiares
O Rio Branco foi denunciado por ter escalado o atacante Adriano irregularmente em seis partidas do Estadual. O atleta chamado Adriano de Oliveira Santos foi contratado pelo Leão da Estradinha vindo do Guarulhos. Porém, a Federação Paulista de Futebol não localizou o registro do atleta. Os paulistas encontraram registro similar na Federação Capixaba, porém era outro jogador, Adriano Oliveira dos Santos. A transferência foi paga, mas o registro na Federação Paranaense na realidade foi feito em nome do jogador do Espírito Santo.
No inquérito, o jogador alegou apenas ter jogado na Bahia e em São Paulo e não teria percebido a pequena diferença no nome no contrato por ter assinado o vínculo durante um treino. O problema foi descoberto quando um clube mineiro, o Formiga, contratou o verdadeiro Adriano Oliveira dos Santos e não encontrou o registro dele no Espírito Santo.
No primeiro julgamento no TJD, o Rio Branco foi absolvido, assim como no pleno da corte estadual. Porém, o Paraná entrou com pedido para ser a terceira parte interessada e o STJD ordenou o retorno do caso. Novamente no Pleno, o Paraná conseguiu a vitória, que fez com que se sentasse à mesa dos participantes no arbitral do Estadual realizado no início do mês. Novamente no STJD, o Leão da Estradinha conquistou a vitória por unanimidade.
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