A polêmica da arbitragem partida entre Goiás e São Paulo, pela última rodada do Campeonato Brasileiro, teve um novo capítulo nesta sexta-feira. O relator do inquérito no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), Virgílio Val, afirmou em seu relatório que o caso deveria ser arquivado, mas o presidente da entidade, Rubens Approbato Machado, discordou do colega e afirmou que pretende investigar a conduta da Federação Paulista de Futebol (FPF) e do presidente do órgão, Marco Polo De Nero.
Com isso, o São Paulo, o árbitro Wagner Tardelli e a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) se livram de qualquer tipo de punição, já que não foi detectada nenhuma irregularidade cometida por eles.
Já a FPF e Del Nero podem ser enquadrados no artigo 221 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (oferecer queixa infundada ou dar causa, por erro grosseiro ou sentimento pessoal à instauração de inquérito ou processo na Justiça Desportiva), que prevê suspensão de 90 a 360 dias e multa de até R$ 10 mil.
A polêmica começou no ano passado quando uma secretária do São Paulo teria ligado para secretária da FPF afirmando que precisava entregar um envelope para Reinaldo Carneiro Bastos, vice-presidente da entidade, para que este o encaminhasse ao árbitro Wagner Tardelli.
Ao saber disso, Marco Polo Del Nero teria entrado em contato com a Comissão de Arbitragem da CBF para sugerir que a entidade tirasse Tardelli da escala do jogo entre Goiás e São Paulo, que decidiu no dia 7 de dezembro o título do Campeonato Brasileiro em favor da equipe do Morumbi.
A CBF acatou a sugestão de Del Nero e colocou Jailson Macedo Freitas para apitar o confronto, que terminou com vitória por 1 a 0 do time paulista no Estádio Bezerrão, no Distrito Federal.
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