Entenda como funciona o "botão mágico"| Foto:
Confira a programação da etapa curitibana da Stock Car
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Ainda em fase de ajustes, o "push to pass" – literalmente aperte pa­ra passar – ganhou importância pa­­ra a segunda etapa da temporada da Stock Car, domingo, no Autó­­dromo Inter­­nacional de Curitiba. Os pilotos poderão usar o sistema (acionado por um bo­­tão no painel) mais vezes, em um intervalo me­­nor de tempo e com efeito prolongado.

Na prática, a organização es­­pera ver mais ultrapassagens na pista. "E o efeito é forte mesmo. O problema é que todo mundo po­­­de usar. Aí depende da estratégia", diz o piloto paranaense Al­­ceu Feld­­mann, da equipe RCM Motorsport. "Ainda está em fase de ajustes. Ficará melhor quando estiver operando com capacidade plena", afirma Xandinho Ne­­­grão, da Medley A. Mattheis, ansioso para conferir as mudanças na pista.

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Ano passado, os carros da ca­­te­­goria utilizavam o óxido nitroso para ganhar potência. Para 2010, sobrou da experiência com o Nitro apenas a manutenção do nome no botão do volante e no indicador do painel.

Depois do primeiro teste, há duas semanas, na corrida de do­­mingo o "push to pass" poderá ser usado quatro vezes mais (de 8 para 12). Uma luz verde acende quando ele está liberado. Na primeira etapa ela ficava apagada por três minutos, tempo que caiu para dois e meio. Já a duração do ganho de potência aumentou de 10 para 15 segundos.

A organização ainda definiria como seria a utilização do recurso nos treinos. Em São Paulo foi limitada para evitar quebra de motores.

"Estamos estudando o circuito para avaliar em quais pontos poderemos utilizá-lo melhor", adianta Rosinei Campos, o Meinha, chefe da equipe Euro­­farma-RC, sabendo que o planejamento será decisivo, principalmente enquanto os pilotos estão em fase de adaptação ao sistema.

Para dificultar as defesas, há um intervalo de tempo de três segundos entre o piloto apertar o botão e o ganho de potência co­­meçar a ser percebido. "Aí quem está atacando sai em vantagem e facilita a ultrapassagem", observa Feldmann.

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Mas, dependendo da manobra, o "push to pass" também po­­de ser útil para quem está na frente, como testemunha o paranaense. "Em São Paulo eu mesmo só usei para me defender, pois estava com problemas nos freios. Vamos ver como será aqui depois das mu­­danças."

O principal ponto de utilização da potência extra será a reta dos boxes, onde se encontra a maior parte do público. "No final da reta o ganho aproximado é de 10 km/h, uns três décimos. Isso deve dar uns três carros de diferença", descreve Artur Fernan­­des, responsável pela telemetria na equipe RCM. Certeza de quanto o novo "aperte para passar" vai influenciar no rendimento dos carros, porém, apenas na pista.

Nelsinho

Convidado a participar da prova de abertura da Copa Montana, evento paralelo à Stock Car, o ex-piloto da Renault na Fórmula 1, Nelsinho Piquet, foi o mais rápido nos primeiros treinos, realizados ontem. Ele cravou o tempo de 1min26s 110, contra 1min26s718 do se­­gundo colocado Júlio Cam­­pos.