Quando a música "Paradise", da banda Coldplay, ecoou no Estádio Olímpico ontem, durante a cerimônia de encerramento da Paralimpíada, o sentimento entre os britânicos era similar: missão cumprida. Como sugere a canção, os europeus deixaram os Jogos em um "paraíso" e entregaram ao Rio de Janeiro a difícil tarefa de manter ou superar o nível de organização e competitividade, elevado em 2012 a um patamar nunca visto.
Os anfitriões consolidaram os Jogos Paralímpicos como um megaevento. Ao todo, 2,5 milhões de ingressos foram vendidos durante as disputas, por causa da procura elevada, uma carga extra de 200 mil entradas foi disponibilizada. O Channel 4, canal aberto que transmitiu a competição no Reino Unido, comemorou os melhores índices de audiência dos últimos dez anos. Ao todo, foram 4 bilhões de espectadores no mundo.
"Estes Jogos estabeleceram diversos recordes e nossas mentes estiveram abertas para ver o que esses atletas conseguem fazer. Nunca vai se pensar em esporte da mesma maneira, nunca vai se pensar em deficiência da mesma forma", discursou o presidente do Comitê Organizador de Londres (Locog), Sebastian Coe.
Na festa que marcou o fim dos Jogos, além dos integrantes do Coldplay, que conduziram quase toda a cerimônia, foram destaques também a cantora Rihanna e o rapper Jay-Z. A apresentação, intitulada "Festival de chamas", mostrou a evolução das estações do ano, em referência à jornada que Londres passou para receber os Jogos Olímpicos e Paralímpicos. Coube à nadadora Ellie Simmonds e ao corredor Jonnie Peacock medalhistas britânicos de ouro apagarem a pira da competição.
A parte brasileira na festa, de oito minutos, trouxe batalhas de dança que contemplaram samba, frevo, funk e balé. Carlinhos Brown e a banda Paralamas do Sucesso comandaram a parte musical. No fim da cerimônia, fogos de artifício se espalharam pelo Estádio Olímpico e também por outros pontos da capital britânica.
Ao receber a bandeira paralímpica, o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, assumiu também a responsabilidade de não interromper a evolução dos Jogos Paralímpicos.
"Estes 12 dias de evento foram maravilhosos e merecem o aplauso de todos. Aqui na Grã-Bretanha, a Paralimpíada voltou ao seu local de origem e encontrou um belo caminho para o futuro", disse o presidente do Comitê Paralímpico Internacional, Philip Craven. "Foram sem dúvida os melhores Jogos da história", fechou o dirigente, dando ideia da dura missão que a organização brasileira tem pela frente.
*O jornalista viajou a convite do Comitê Paralímpico Brasileiro.
Lula tenta se aproximar do favorito à presidência da Câmara, mas Hugo Motta quer independência
Guinada da Meta pode forçar desvio de rota de STF e Lula quanto à censura nas redes
Enquete: você acredita que a censura nas redes sociais vai acabar após a declaração de Zuckerberg?
Maduro sugere uso de tropas do Brasil para “libertação” de Porto Rico
Deixe sua opinião