A sul-africana Caster Semenya, de 18 anos, precisou superar nesta quarta-feira a desconfiança sobre sua sexualidade, além das adversárias, para ficar com o ouro nos 800 metros no Mundial de Berlim, na Alemanha. Antes da prova, a Federação Internacional de Atletismo (Iaaf) questionou se a atleta seria hermafrodita - com órgãos femininos e masculinos - e quase a impediu de disputar as finais.

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Mas comprovada sua feminidade, Semenya foi liberada para competir, dominou praticamente toda a prova e venceu com relativa facilidade, com o tempo de 1min55s45. A emoção ficou na disputa pela prata. A queniana Janeth Jepkosgei Busienei fechou com 1min57s90, três centésimos na frente da britânica Jennifer Meadows, terceira colocada.

Nos 100 metros com barreira, a Jamaica levou duas medalhas. Aos 34 anos, Brigitte Foster-Hylton surpreendeu e ficou na primeira posição com o tempo de 12,51 segundos, três centésimos na frente da canadense Priscilla Lopes-Schliep, medalha de prata. A jamaicana Delloreen Ennis-London completou o pódio com 12,55 segundos.

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Vitória apertada também teve Yusuf Saad Kamel, do Bahrein, que completou os 1500 metros em 3min35s93, oito centésimos na frente do etíope Deresse Mekonnen. O norte-americano Bernard Lagat ficou com o bronze.

O alemão Robert Harting perdia até o final no lançamento de disco para o polonês Piotr Malachowski, mas em sua última tentativa alcançou 69,43 metros - a melhor marca do adversário foi de 69,15 metros - e ficou com o ouro. A terceira colocação ficou com o estoniano Gerd Kanter, com 66,88 metros.