Uma reunião entre representantes da Copa Sul-Minas-Rio e cartolas da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), marcada para o início da tarde desta quinta-feira (1.º), na sede da CBF, no Rio de Janeiro, deve selar o passo definitivo para a oficialização da liga, que conta com 15 clubes fundadores.
Nem mesmo o fato de importantes federações do país, como a carioca e a gaúcha, terem demonstrado posição contrária à criação da competição desanima o presidente da Federação Catarinense de Futebol, Delfim Peixoto, que vislumbra a possibilidade de a primeira edição da Copa ser realizada já em 2016. As disputas da Copa do Nordeste e da Copa Verde neste ano, segundo Peixoto, servem como argumentos a favor da Sul-Minas-Rio.
“A CBF vai pedir o registro da liga amanhã [quinta-feira]. Nosso pedido é baseado na legislação. A Lei Pelé dá aos clubes o direito de formar esta liga. Aceitar outras ligas e negar a nossa é algo muito difícil”, analisa Peixoto, para quem a posição contrária da federação carioca pode pesar na decisão da CBF, mas sem, entretanto, inviabilizar as negociações.
“Não tiramos a razão da federação carioca de ser contrária, afinal são dois clubes do Rio que estão na Liga. Agora, o problema da briga deles não diz respeito a nós”, prossegue o dirigente.
Em audiência pública da CPI do Futebol, na terça-feira (29), o presidente da Federação Carioca, Rubens Lopes, definiu o movimento para volta da Sul-Minas-Rio como elitista e ‘prejudicial ao futebol brasileiro’.
“Ela vai confrontar um calendário que já existe e que contempla clubes de menor investimento”, discursou Lopes.
Secretário da Sul-Minas-Rio e gerente do Coritiba, Maurício Andrade compartilha do otimismo de Peixoto e também não crê que a oposição carioca surta efeito. Segundo Cardoso, a expectativa dos integrantes da liga é de que a CBF homologue a competição. Sendo assim, o próximo passo seria dado em nova reunião dos integrantes da liga, na Arena da Baixada, em Curitiba, inicialmente marcada para a quinta-feira (8) da semana que vem.
“Nesta reunião em Curitiba, o CEO da liga, Alexandre Kalil [ex-presidente do Atlético-MG], vai tratar dos pontos que faltariam para colocar de pé a competição. Resolver as negociações com a televisão, calendário e tudo mais o que é necessário”, conta Andrade, que não estará presente no encontro.
O Coritiba será representado pelo presidente Rogério Bacellar, que chegou ao Rio nesta quarta-feira (30) e aproveitou para fazer uma visita de cortesia à CBF. A tendência é de que o presidente Mario Celso Petraglia represente o Furacão. Já o Paraná não enviará representante para o encontro.
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