Superclássico inverte papéis de Real e Barça

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Os 90 minutos de bola rolando no Camp Nou, ontem, puseram abaixo muitas das certezas que se tinha a respeito do futebol atual. O Real Madrid encerrou a freguesia recente, venceu o Barcelona por 2 a 1 e mostrou que o melhor time do mundo não é imbatível mesmo jogando na sua casa.

A grande e importante vitória deste sábado dá a certeza de que o Real Madrid será campeão espanhol. Na liderança isolada, o time do técnico português José Mourinho tem agora sete pontos a mais que o seu maior rival (88 a 81), faltando quatro rodadas apenas a serem jogadas no campeonato.

Nas rodadas que restam, o Real ainda enfrenta Sevilla, Athletic Bilbao, Granada e Mallorca e teria de perder três vezes para ficar sem a taça. Do outro lado, o Barcelona já reconhece que acabaram definitivamente as chances de conquistar o quarto título seguido do Espanhol.

Eleito pela Fifa como o melhor jogador do mundo nos últimos três anos, Messi não brilhou no superclássico. Fez a jogada que originou o gol de empate do Barcelona, marcado pelo chileno Alexis Sanchez, aos 25/2.º, mas não passou disso. O craque argentino foi bem marcado pelo zagueiro luso-brasileiro Pepe.

Pepe, tantas vezes contestado, não deixou o campo sem seu cartão amarelo, mas não arranjou nenhuma briga e, o mais importante, segurou muito bem o ataque adversário. E ele ainda participou do primeiro gol do Real, aos 16 minutos de jogo. Cabeceou firme, o goleiro Valdés salvou e Khedira fez no rebote.

Decisivo mesmo foi Cris­­tiano Ronaldo. O português fez o gol da vitória, aos 27/2.º – dois minutos depois do empate dos donos da casa –, completando um rápido contra-ataque. Ele chegou a 42 gols na competição. Com isso, assumiu a artilharia isolada (Messi tem 41) e bateu o recorde de maior número de gols de um mesmo jogador numa só temporada do Espanhol.

Não foi o único recorde batido neste sábado em Bar­­celona. Após 34 rodadas, o Re­­al Madrid tem 109 gols, melhor marca de um time numa única temporada do campeonato. O recorde pertencia ao próprio clube madrilenho, que em 1989/1990 fez 107 gols no torneio.