A polêmica da máfia das apostas ronda o tradicional gramado de Wimbledon, palco de um dos quatro Grand Slams. De acordo com o diário inglês "Daily Mirror", o tenista belga Gilles Elseneer teria recebido uma proposta de 70 mil libras para perder sua partida de estréia no torneio, em 2005, contra o italiano Potito Starace. O convite teria surgido logo após Elseneer ganhar o qualifying e, segundo o jogador, foi veementemente negado.

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- Era a minha honra que estava em jogo e, Wimbledon significava tudo para mim. Só precisei de alguns minutos para perceber que isso seria impossível para mim. Na ocasião, o belga bateu Starace por 3 sets a 0, mas foi eliminado logo na seqüência, por Richard Gascquet.

Esta é a segunda vez em menos de uma semana que o tênis se vê às voltas com suspeita de manipulação de resultados. No último domingo, o jornal inglês "The Sun" trouxe uma matéria em que o atual número 3 do Ranking de Entradas, Novak Djokovic, teria sido procurado para perder propositalmente um jogo no ATP de São Petersburgo.

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Quem também está na mira da ATP é o russo Nikolay Davidenko. Em agosto deste ano, durante o ATP de Sopot, na Polônia, uma casa de apostas relatou um número de palpites exageradamente incomum a favor do argentino Martin Vassallo Arguello, que enfrentaria Davydenko. A casa disse ter recebido US$ 7 milhões, valor dez vezes superior ao normal em uma partida como aquela. Davydenko abandonou o jogo no terceiro set, alegando uma lesão.

Preocupada com as denúncias, a Associação dos Tenistas Profissionais já começou a agir. E recorreu a um ex-mafioso, Michael Franzese, que vem dando consultoria, além de uma empresa britânica especialista em segurança de apostas. Segundo Franzese, que se afastou das atividades ilegais em 1996, a venda de resultados é mais preocupante em esportes cujos resultados ficam nas mãos de um só jogador.