Suspensão de jogos na Itália gera grandes prejuízos

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A suspensão temporária dos jogos de futebol na Itália não está apenas deprimindo fãs, mas também significa grandes prejuízos para empresas que lucram com um esporte que se tornou uma máquina de dinheiro.

De publicidade a roupas, direitos da televisão para vender ingressos e patrocínios de apostas legais, o futebol italiano soma uma receita de até 6 bilhões de euros (7,8 bilhões de dólares) por ano.

Isso é quase 0,5 por cento do Produto Interno Bruto daquele país e o montante tem crescido desde que a Itália ganhou a Copa do Mundo, no ano passado.

Mas tudo isso ficou para trás neste final de semana, depois que autoridades suspenderam por tempo indeterminado todos os jogos por conta da morte de um policial durante tumulto de fãs em um importante jogo na Sicília, na última sexta-feira. Não há indicações de quando os jogos serão retomados.

Estimativas recentes indicam que a divisão da Série A da Itália sozinha possui valor de mercado de cerca de 1,4 bilhão de euros, atrás somente da principal liga inglesa.

Um estudo da consultoria Deloitte feita no ano passado constatou que cerca de 44 milhões dos 58 milhões de italianos, ou 76 por cento da população, estão interessados em futebol, 31 milhões são apenas fãs e aproximadamente 14 milhões vão a estádios.

A transmissão ao vivo de jogos totaliza cerca de 1.500 horas por ano, com uma média de 4 milhões de expectatores, enquanto nove milhões lêem jornais diários de esportes. E isso não é tudo.

Os italianos têm em torno de 340 milhões de euros de seus recursos investidos em ações dos três times listados em bolsa: Roma, Lazio e Juventus.

Agipronews, uma agência de notícias especializada em apostas, diz que o governo perderá por final de semana sem jogo 3,1 milhões de euros em receitas com impostos sobre apostas.

As casas de apostas perdem 5,9 milhões de euros em negócios a cada final de semana sem jogo.

Segundo a agência, os italianos apostam em futebol 30 milhões de euros por final de semana, sendo cerca de 70 por cento em times italianos e o restante em equipes estrangeiras.