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Neymar dutrante o treino desta sexta-feira em Santiago. Atacante brasileiro está fora da Copa América até análise do recurso na segunda-feira. | FELIPE TRUEBA/EFE
Neymar dutrante o treino desta sexta-feira em Santiago. Atacante brasileiro está fora da Copa América até análise do recurso na segunda-feira.| Foto: FELIPE TRUEBA/EFE

Agora parece não ter mais jeito. Para conquistar a Copa América, a seleção brasileira vai ter que aprender a ganhar sem Neymar. Nem que seja na marra.

Expulso após a derrota por 1 a 0 para a Colômbia, na quarta-feira, o craque brasileiro não voltará a jogar pela competição.

Neymar estava suspenso preventivamente por uma partida, por ter recebido dois cartões amarelos, e já não enfrentaria a Venezuela, domingo (21), no Estádio Monumental. Mas nesta sexta-feira (19), o Comitê Disciplinar da Conmebol aumentou a punição do jogador para quatro partidas (e multa de US$ 10 mil), em razão do cartão vermelho que recebeu após o apito final do árbitro, pela briga com o atacante Bacca, também expulso.

O colombiano cumprirá dois jogos de suspensão e pagará multa de US$ 5 mil.

A CBF vai entrar com um recurso, mas a punição está mantida até o julgamento na segunda-feira (22). A pena pode cair para três jogos no máximo.

A Conmebol se baseou na súmula do árbitro chileno Enrique Osses para aplicar a pena a Neymar. Segundo relatou o juiz, o atacante deu uma bolada em Armero, uma cabeçada em Murilo e ainda insultou o árbitro no túnel que dá acesso aos vestiários.

Havia o temor de que caso o Brasil seja eliminado antes da decisão, Neymar teria de cumprir os jogos restantes nas eliminatórias de 2018, que começam em outubro deste ano. Presidente da comissão disciplinar da Conmebol, o brasileiro Caio Rocha disse que não há este risco.

“Neymar poderá jogar normalmente as eliminatórias, que são uma competição organizada pela Fifa. A punição foi dada pela Conmebol e não se estende às eliminatórias. Ele cumprirá o restante dos jogos, se for o caso, na próxima Copa América”, disse Rocha.

Para chegar à final, o Brasil terá de vencer quatro partidas oficiais sem seu principal jogador, o que jamais aconteceu desde que Neymar se tornou a referência da equipe, logo após a Copa de 2010.

Aos 23 anos, ele já é o quinto maior artilheiro da história da seleção, com 44 gols em 65 partidas pela equipe principal, segundo a CBF. Com ele em campo, foram 45 vitórias, 12 empates e oito derrotas.

Até mesmo os adversários acharam exagerada a punição imposta a Neymar. Companheiro do brasileiro no Barcelona, o argentino Mascherano disse ser uma covardia o que estão fazendo com o capitão da seleção . “Neymar leva 20 pancadas num jogo e é punido por uma mão na bola. Isto vai irritando o jogador de maior qualidade, que deveroia na verdade ser protegido pelos árbitros. Mas não é o que acontece. Não nos esqueçamos que Neymar é Neymar, mas é apenas um garoto de 23 anos”, afirmou o argentino.

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