Em uma escala de um a dez, o atacante Sylvestre, do Camaçari-BA, diz que a chance de vestir a camisa do Paraná é sete. Ou oito. Vice-artilheiro do Campeonato Baiano, com 11 gols, dará sua resposta definitiva neste domingo. Ele tem propostas do Bahia, do Ceará e do adversário do fim de semana, o Vitória.
Aos 25 anos, afirma que gosta da possibilidade de morar em Curitiba com a esposa e um filho de 8 anos. A cidade é sua velha conhecida. Aos 17 anos, passou 20 dias na capital tentando um acerto para jogar no time júnior do Coritiba. "Algo na negociação não deu certo e fui embora", conta o carioca que já defendeu o Bahia, o Macaé-RJ, o Ceres-RJ e o Estácio de Sá-RJ.
O interesse dos clubes no atleta surgiu depois do jogo contra o Bahia, em 28/3. O atacante recebeu a bola dentro da pequena área, sem goleiro, hesitou e chutou para fora. O lance foi escolhido pelo programa Globo Esporte como o gol "mais perdido do trimestre". "Há males que vêm para o bem. No jogo, dei um passe para um gol e fiz o outro. Quando vi a escolha, fiquei triste, chorei, mas aí veio um clássico para jogar e segui em frente", fala.
"Recebi uma ligação de um dos empresários do Sylvestre, oferecendo o atleta. Comecei a acompanhá-lo, vi do que gostei e sugeri o nome ao Paraná", conta o Marcos Amaral, que negocia a vinda do atacante para a Vila Capanema. O empresário do jogador, Bento Pires, informa que não recebeu contato da diretoria do Paraná. "Não chegou nenhuma proposta real. Sabemos que tem um intermediário", falou.
Caso o atacante não assine contrato com o Tricolor, o clube tem um plano B: cogita a vinda de Ricardo Bueno, 22 anos, ex-Londrina, que atua ao lado do meia Ricardinho (pré-contratado do Paraná) no Oeste, de Itápolis. "Seria uma grande oportunidade. No ano passado já houve uma tentativa de jogar aí, mas não houve acerto", diz o atleta,que tem contrato de empréstimo com o Oeste até 5 de maio.
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