A presidente Dilma Rousseff garantiu ontem, em Zurique: fazer estádio "é simples" e, em uma iniciativa cuidadosamente coreografada com a Fifa, tentou passar uma imagem à imprensa internacional de que o Brasil está pronto para a Copa do Mundo e que as polêmicas com a entidade não existem.
Blatter chamou Dilma de "distinguida presidente" e complementou: "É uma grande honra recebê-la". Dilma retribuiu. "É um prazer estar aqui. Estou muito feliz de estar na casa do futebol".
A solução para não estragar a festa foi proibir os jornalistas de fazer perguntas. Oficialmente, era uma visita de "cortesia". Mas na reunião de mais de uma hora os sorrisos se limitaram às câmeras. Cinco dos 12 estádios do Mundial estão atrasados, Blatter já confessou que nunca viu uma preparação tão lenta e a entidade admite que não terá tempo de testar as arenas.
"O governo fará todo o empenho para fazer a Copa das Copas. Isso inclui estádios, aeroportos, portos", afirmou Dilma, minimizando os atrasos nas obras, como a da Arena da Baixada, que ameaça tirar Curitiba da Copa. O silêncio predominou. E não por acaso.
Em público, Dilma e Blatter se deram as mãos, sorriram e trocaram elogios. A ordem era deixar as críticas de lado. "Não haverá problemas. No final tudo se resolve, principalmente no Brasil", falou Blatter. Dilma também deu suas garantias. "Estamos preparados", insistiu, convocando os torcedores estrangeiros a virem ao Brasil.
Se a Fifa e o governo conseguiram blindar suas imagens, técnicos confessam que serão as próximas semanas que prometem definir o que será a Copa. "Até lá, muita gente não vai dormir bem", completou outra fonte em Zurique, pedindo anonimato.
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