Weggis, Suíça Possíveis ataques de estrelismo parecem ser a grande preocupação do técnico Carlos Alberto Parreira na Copa da Alemanha. Na entrevista coletiva ontem, o treinador deixou claro que eliminar possíveis focos de individualismo será o principal desafio até a estréia no Mundial, dia 13, contra a Croácia.
"Pretendo trabalhar o lado emocional todo dia. Nosso desafio é deixá-los (os jogadores) felizes, alegres. Mas não basta só alegria. Tem de ser objetivo e não viver só de beleza. É importante ter as duas coisas", abriu o comandante. "Precisamos de um sentimento de grupo. Lidamos com celebridades, mas isso não basta para vencer. Tem que pensar em equipe".
O treinador voltou ao tema ao longo do encontro com cerca de 200 jornalistas. "Quem ganha uma Copa é o time. O jogador pode decidir o jogo, apenas isso. Temos então que desenvolver um espírito de solidariedade", reforçou.
Apesar da preocupação, Parreira não cansou de exaltar o ambiente entre os atletas.
"Há três anos e meio eu me perguntava, era uma interrogação que me passava: Como será que esses jogadores, consagrados, financeiramente realizados, vão encarar Eliminatórias, Copa América, Copa das Confederações? Atravessar o Atlântico, trocar o verão pelo inverno, cinco horas de fuso horário? E a resposta foi dada em campo. Esse grupo se gosta. E não é uma coisa forçada", disse.
Quando perguntado sobre os atletas que chegam em condições de brigar por uma vaga no time titular (Cicinho, Juninho e Robinho), mais uma vez o tema união veio à tona. "Quem não tiver espírito de grupo para ficar na reserva não merece pertencer a esse grupo", soltou.
Apesar das declarações de Parreira, o encontrou ficou marcado ainda pela intervenção de Zagallo. Ao escutar uma pergunta sobre a "força" da Croácia, adversária da estréia, ele mostrou uma imagem de Santo Antônio. Beijou-a e disse contar com ajuda divina. A data, 13 de junho, é justamente o dia de celebração do Santo invocado para encontrar objetos perdidos ou noivos.
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