Morreu ontem o ex-técnico da seleção brasileira de basquete Ary Vidal, aos 77 anos. Há pouco mais de três meses ele havia sido internado em estado gravíssimo em um hospital do Rio de Janeiro por causa de um enfarte e um acidente vascular. Desde então, estava com a saúde fragilizada. O enterro será realizado hoje.
Ary Vidal teve a sua carreira marcada pela conquista da medalha de ouro dos Jogos Pan-Americanos de Indianápolis, nos Estados Unidos, em 1987, comandando um time brilhante que tinha, entre outros, os craques Oscar e Marcel. A conquista é uma das principais da história do basquete brasileiro por ter sido a primeira derrota de uma seleção norte-americana, ainda que desfalcada de grandes nomes, em seu próprio país.
O treinador começou a carreira ainda jovem, no Tijuca Tênis Clube, ajudando a revelar uma geração que fez história no basquete carioca. Aos 31 anos ele já era técnico da seleção brasileira masculina. Durante a década de 1960, ele também teve passagens pela seleção feminina.
Ele voltaria ao comando do time masculino no fim da década de 1970, faturando um bronze no Mundial das Filipinas, em 1978, última grande conquista do Brasil em Mundiais, além de um terceiro lugar no Pan de San Juan (Porto Rico), em 1979. No total, comandou o Brasil em duas Olimpíadas (Seul-1988 e Atlanta-1996) e em dois Mundiais, levando a equipe ao quarto lugar na Espanha, em 1986.
Pelos clubes, não teve o mesmo sucesso. Sua principal conquista foi o título brasileiro de 1994, pelo gaúcho Corinthians/Santa Cruz. Depois disso, ele comandou o Brasil nos Jogos Olímpicos de Atlanta e se aposentou da seleção.
"É um momento muito triste para o esporte brasileiro", declarou o presidente da Confederação Brasileira de Basquete (CBB), Carlos Nunes. O jogador Leandrinho, da seleção e do Boston Celtics, da Liga Americana (NBA), manifestou-se pelo Twitter. "É um dia de luto para todos no Brasil que amam o basquete. Ary Vidal deve ser sempre lembrado", disse em seu perfil na rede social.
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