O técnico da seleção francesa, Laurent Blanc, foi absolvido nesta terça-feira (10) em uma investigação realizada pelo Ministério dos Esportes sobre uma polêmica de racismo que abalou o futebol francês, mas outra investigação afirmou que o técnico estava "bravo consigo mesmo".
Blanc participou de uma reunião, em novembro, em que os membros da Federação Francesa de Futebol (FFF) discutiram a ideia de impor cotas para jogadores de origem africana e árabe nas academias de formação de jogadores.
O objetivo original da reunião era discutir o grande número de jogadores na França com dupla nacionalidade que posteriormente escolhiam jogar por seus países de origem.
"Não existe nenhum indício de que Laurent Blanc está apoiando práticas discriminatórias", disse a ministra dos Esportes da França, Chantal Jouanno, em coletiva de imprensa ao discutir os resultados das duas investigações.
"Laurent Blanc estava participando desse tipo de reunião pela primeira vez. Ele não tinha nenhum projeto (para limitar o número de jogadores negros e árabes), nenhuma opinião definida."
Ainda nesta terça-feira, Patrick Braouezec, que liderou uma investigação da própria FFF, disse que Blanc estava "bravo consigo mesmo."
Segundo Braouezec, o ex-jogador da seleção francesa "não consegue conceber hoje que teria dito o que disse, e que teria deixado as coisas tomarem conta dele".
O diretor técnico da federação, François Blaquart, foi suspenso enquanto aguarda o resultado das investigações. Foi ele quem usou a palavra "cotas" na reunião de novembro, mas Blanc disse que também fez comentários que poderiam "ofender algumas sensibilidades".
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