Enquanto o Brasil ainda comemora o terceiro título mundial da seleção masculina de vôlei, um paranaense trabalha para garantir a hegemonia brasileira dentro das quadras nos próximos anos. O londrinense Percy Onken, técnico das seleções nacionais infantojuvenil e juvenil, procura talentos de até 19 anos com potencial para se tornarem os próximos Gibas, Ricardinhos, Murilos, Serginhos.
Encerrado o calendário de competições das seleções de base em 2010, Percy está em Curitiba para assistir ao máximo dos 312 jogos da Taça Paraná (até 2 de novembro), que reúne os principais times do Brasil de atletas entre 12 e 17 anos, em busca de novos selecionáveis para a disputa dos campeonatos Mundiais, em 2011. "Já tenho uma base formada para essas competições, mas tem muitos bons atleta aparecendo", fala.
Com um currículo vencedor são 14 títulos em 17 anos à frente das seleções de base , afirma que apenas dá uma "pequena contribuição" para o sucesso do vôlei brasileiro. Na verdade, é um dos principais responsáveis em encontrar, preparar e "fornecer" atletas de qualidade para a seleção adulta, comandada por Bernardinho.
Dos 14 atletas que venceram o Mundial na Itália, apenas Bruninho e Lucão não competiram com Oncken no infantojuvenil. Boa parte dos principais atletas do país teve sua primeira convocação feita pelo paranaense de 49 anos. Foi o caso de Giba, que vestiu a camisa da seleção pela primeira vez em 1993, aos 16 anos.
Nos mais novos, Oncken procura a combinação de técnica, personalidade em quadra e estatura. "Embora este não seja um fator determinante, temos casos de exceção, como o Giba e o Murilo", diz. Quando assumiu o posto de técnico pela primeira vez, há 30 anos, em Rolândia, a média de altura dos jogadores era de 1,85 metros. Hoje, a seleção juvenil é 11 centímetros mais alta. Nas equipes adultas, o crescimento é ainda maior: na Superliga, serão 103 jogadores com mais de 2 metros.
O trabalho de Oncken visa a renovação, a manutenção do nível técnico e, claro, um bom desempenho na Olimpíada de 2016, no Rio de Janeiro. "Aumenta a responsabilidade, mas temos já as futuras gerações dando resultados". O time juvenil é defenderá, em 2011, o tricampeonato mundial, na Argentina.
Casado com a levantadora do time do Macaé (RJ), Lílian Lima, e pai de três filhos Camila, 28 anos, Natália, 25 e Murilo, 5 Percy começou a jogar vôlei pelo convite de professores em Umuarama, onde viveu até os 18 anos. "Eu queria ser jogador de futebol. Era lateral-direito, mas um lateral-direito ruim. O que me fez tentar o vôlei, confesso, foi ver os treinos das meninas", conta.
Ele lembra que, na década de 1980, o norte do Paraná era a região forte da modalidade no estado. O que lhe faz festejar a estreia de Londrina à Superliga na Temporada. "O jogador precisa ter referências em seu estado, não precisar migrar para outros clubes, como ainda acontece no Paraná", diz.
Na seleção que venceu o Sul-Americano no Chile, tem três casos:o líbero Guilherme Kachel (ex-Círculo Militar de Curitiba) e o oposto Rafael Araújo (de Londrina) deixaram os times paranaenses para jogar pelo Sada/Cruzeiro, de Minas Gerais. O ponta Lucas Loh trocou o Toledo pelo Cimed, de Santa Catarina.
Serviço:
Locais das partidas da Taça Paraná e confrontos no site da Federação Paranaense de Vôlei, no www.voleiparana.com.br.
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