Oslo O primeiro treino de Dunga como técnico da seleção foi assistido por cerca de cinco mil pessoas e revelou um pouco da personalidade do novo homem-forte do futebol brasileiro. Ele deslocou-se por todo o campo durante os 30 minutos de coletivo, no Ullevaal Stadion, para orientar os atletas e exigir toques rápidos e marcação eficiente quando os reservas tinham a posse de bola. Com apito nas mãos, conversava às vezes com o auxiliar Jorginho, com quem dividiu espaço no gramado para as instruções.
Depois do coletivo e de um treino tático de mais meia hora, Dunga escolheu Daniel Carvalho e Elano como batedores de falta. E surpreendeu ao ficar na barreira por algumas vezes. Precavidos, os atletas só chutavam a bola do lado oposto ao do treinador. Tiveram aproveitamento muito ruim e só melhoraram quando Dunga voltou para perto deles.
O técnico não entrou no estádio descontraído. Estava ansioso e resolveu esperar por alguns segundos Jorginho, depois de atravessar o túnel de acesso ao gramado, a fim de que entrassem juntos no campo. Ele demonstrou preocupação com a defesa da equipe. Por várias vezes, corrigiu a posição dos jogadores do setor em bolas aéreas.