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Em meio às indefinições motivadas pelas reviravoltas do tapetão, coube ao ex-jogador Rogério de Mello, o Perrô, técnico do Toledo, a difícil missão de manter a tranqüilidade e a motivação em um grupo originalmente formado para disputar a Série Ouro e que, às vésperas do início do campeonato, está à espera de mais uma mudança nos tribunais para não precisar se conformar com a disputa da Série Prata, com início no próximo semestre. Aos 38 anos – dos quais viveu cinco como técnico, todos no União Bandeirante (ironicamente o pivô do imbróglio envolvendo o Toledo) – o treinador está consciente de que as batalhas no campo jurídico atingem também um outro campo: o de jogo.

Como é lidar com os jogadores diante dessa indefinição?Rogério de Mello – É complicado, principalmente pelo aspecto motivacional do grupo, pois quando começamos o nosso trabalho era dada como certa a participação do nosso time na elite. Mas ainda confiamos na nossa manutenção na Série Ouro, e continuamos preparando o time para essa disputa. Nosso grupo está totalmente pronto para estrear.

Mas o elenco está consciente dos riscos de não jogar?Dia a dia procuramos passar tranqüilidade para os elenco, mantendo a confiança de que realmente vamos disputar a Primeira Divisão. Mas também temos que ser realistas e conscientes de que isso (a queda para a Série Prata) pode acontecer, informando de forma honesta esse risco para os atletas.

A possibilidade de disputar a Segunda Divisão já é levada em consideração pelo Toledo?Isso é algo para se pensar mais adiante. Apesar dessa situação incômoda, ainda estamos confiantes na nossa participação na primeira divisão e continuaremos trabalhando nesse sentido até que se tenha uma definição.

Você já tinha vivido algo semelhante antes?Vivenciei várias dificuldades em outros clubes, mas não como essa.

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