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Os resultados negativos da dupla Atletiba no último fim de semana colocaram dois profissionais, novamente, na boca dos torcedores e em situações delicadas. Os dois clubes estão em divisões diferentes do Brasileiro, mas enfrentam a mesma instabilidade de rendimento neste início das competições nacionais.

O técnico Givanildo de Oliveira chegou a pensar em colocar o seu cargo à disposição, após a derrota por 2 a 1 para o Internacional, mas "pensou melhor" e como a diretoria não o mandou embora ele continua como técnico. Ao menos até o próximo jogo, quando mais uma derrota pode fechar o "ciclo pernambucano" no Furacão.

No arqui-rival Coritiba, a divisão é a Série B, mas os problemas são semelhantes. A derrota para o Brasiliense, por 4 a 1 no sábado, começou a colocar em xeque o trabalho de Estevam Soares. Assim como o técnico do Rubro-Negro, as declarações do treinador Coxa Branca catalisaram o mal estar entre torcedores e provocaram discórdias entre a diretoria Alviverde.

A explicação dada por Estevam pela goleada, afirmando que o atraso do vôo prejudicou o rendimento da equipe em campo não foi bem aceita no Couto Pereira. Um resultado negativo contra o Sport, neste sábado no Alto da Glória, vai balançar o cargo do técnico no Coritiba.

Histórico

Em 2005, a insistência em manter o técnico Cuca no cargo foi um dos fatores que levaram o Coritiba à Série B. Com o treinador o clube enfrentou o maior período sem vencer na competição, foram oito rodadas sem vitória. Desde o início do ano passado até agora, seis profissionais passaram pelo comando do Coritiba.

Antônio Lopes começou como técnico em 2005 e depois foi substituído por Cuca, no início do Brasileirão. Com a seqüência de maus resultados Cuca foi demitido e assumiu interinamente o filho de Antônio Lopes, Lopes Júnior, que era auxiliar técnico.

A experiência não deu certo e o Coxa continuou com a queda vertiginosa na tabela. O "pastor" Márcio Araújo foi contratado para salvar o Coritiba da segundona, mas caiu junto com a equipe. O mau início de temporada também custou o cargo do treinador, que foi substituído pelo interino Cláudio Marques, que já havia dirigido a equipe em algumas partidas em que o cargo de técnico estava vago. Estevam Soares chegou no dia 2 de março e segue no comando do Coritiba.

Atlético

Já no Atlético o cargo de técnico foi bem mais ocupado do início de 2005 para cá. Com a chegada de Givanildo de Oliveira, o clube completou dez técnicos diferentes, entre interinos e contratados, no período. Casemiro Mior começou o paranaense, mas não ficou muito.

Lio Evaristo assumiu alguns jogos como interino até a chegada de Edinho, porém os resultados negativos também promoveram outra mudança no comando. Borba Filho assumiu o cargo por um período, também como interino, até a definição de Antônio Lopes como técnico.

O "Delegado" saiu e veio Evaristo de Macedo que ficou até o fim do Brasileirão. Este ano começou com Vinicius Eutrópio como técnico interino, preparando o terreno para a efêmera, mas movimentada, passagem do alemão Lothar Matthäus. O técnico dos juniores Leandro Niehues comandou a equipe, ao lado do assessor científico Oscar Erichsen, na primeira partida da Copa do Brasil contra o Volta Redonda, na derrota por 2 a 1.

A partida de volta, no empate por 0 a 0, que desclassificou o Rubro-Negro da competição, foi a estréia de Givanildo de Oliveira no comando do Furacão, fechando, por enquanto, as mudanças de treinador na equipe.

Torcida

Os torcedores também estão ressabiados com os técnicos e sabem que mais uma derrota pode selar o destino dos profissionais. Para o membro da torcida Organizada os Fanáticos, Drausio Cordeiro Santos Júnior, o "Lombriga", o técnico Givanildo já deveria ter saído, mas o time também precisa de reforços.

"O Givanildo não está tendo postura para técnico do Atlético, acho que ele está muito acostumado com a segunda divisão e queremos um treinador para brigar pelo título. Ele já teve um tempo para mostrar o trabalho e para mim, se perder, não passa do próximo jogo", afirmou o torcedor que reivindicou: "por outro lado, faltam pelo menos mais três ou quatro jogadores para reforçar o time."

Do lado do Coritiba, o pensamento é semelhante. O técnico precisa mostrar trabalho, mas os reforços também são necessários. Para o presidente da torcida Império Alviverde, Luis Fernando Correa, o "Papagaio" mais uma derrota pode complicar a seqüência de Estevam Soares.

"Essa é a cultura do brasileiro. Quando o time vai mal o primeiro a sair é o técnico, cada derrota complica mais, mas também temos carência no elenco. Precisamos de opções no banco. A torcida não dá muito tempo para o técnico. Uma derrota em casa fica ruim para qualquer técnico, não só para o Estevam", definiu se refirindo a próxima partida, sábado contra o Sport.

INTERATIVIDADE

O técnico é o único responsável pelos maus resultados de uma equipe?

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