A CBF confirmou ontem, em uma assembléia eletiva realizada na sede da entidade, no Rio de Janeiro, a reeleição do presidente Ricardo Teixeira. A duração é até 2012, podendo se estender até abril de 2015 caso o Brasil seja confirmado como país-sede da Copa do Mundo de 2014 o que é praticamente certo. Isso porque houve uma mudança no estatuto da entidade, o que dará à Teixeira a possbilidade de continuar. Ele assumiu a CBF em 1989, depois do fim de uma gestão de apenas dois anos do ex-presidente Octávio Pinto Guimarães. Se chegar ao final do mandato (ainda sem a certeza da prorrogação), ele completará 25 anos dirigindo o principal órgão do futebol brasileiro.
Ricardo Teixeira recebeu o voto das 27 federações filiadas (incluindo a paranaense) e apoio dos 20 clubes que participam do Campeonato Brasileiro da Série A. Estiveram presentes à assembléia os presidentes do Atlético, Paraná, América de Natal, Flamengo, Náutico, Cruzeiro, Juventude, Figueirense, Fluminense, Goiás, Grêmio, Santos, São Paulo, Palmeiras, Sport Recife e Internacional. O Coritiba, por estar na Série B, não tem direito a voto. Os presidentes do Botafogo, Bebeto de Freitas, do Vasco, Eurico Miranda e o representante do Atlético Mineiro, chegaram após a votação ser iniciada, mas assim como o representante do Corinthians, que não pôde comparecer, deram apoio à reeleição do presidente Ricardo Teixeira.
O ex-presidente da Fifa e ex-sogro de Teixeira, João Havelange, e o ministro do Esporte, Orlando Silva, participaram da mesa da assembléia eletiva, que foi presidida pelo presidente da Federação Paulista de Futebol, Marco Polo Del Nero.
Com Teixeira à frente da CBF, a seleção venceu duas Copas do Mundo (em 1994 e 2002) e cinco Copas América (1989, 97, 99, 2004 e 2007). Mas também enfrentou graves escândalos de corrupção, especialmente no Campeonato Brasileiro, com as viradas de mesa do Fluminense, em 1997, a ação do Gama que originou a Copa João Havelange em 2000 e o escândalo com o juiz Edílson Pereira de Carvalho, que ajudou um grupo de apostadores a manipular resultados em 2005, além de enfrentar denúncias de sonegação de impostos na chegada após o tetracampeonato mundial nos EUA, em 94, e a CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Nike, em 98.
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