Finanças
A boa saúde financeira da CBF pode ser um dos motivos que levaram dirigentes de federações a brigar pela sucessão do presidente Ricardo Teixeira. O balanço da CBF, a ser publicado nos próximos dias, indica que a entidade tem em caixa R$ 230 milhões para livre uso. O faturamento anual chega a R$ 173 milhões. Entre os bens, constam um avião, um helicóptero e um terreno na Barra da Tijuca, na zona oeste do Rio de Janeiro, avaliado em R$ 44 milhões. Toda essa fartura, segundo uma alta fonte do futebol, teria provocado a cobiça de cartolas não estão alinhados com Ricardo Teixeira. O presidente da CBF teria detectado um movimento dos cartolas para a sua queda.
Ricardo Teixeira mandou publicar uma nota no site da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), às 19h22 de ontem, afirmando que voltará a trabalhar depois do carnaval. Em seguida, o presidente da entidade e também do Comitê Organizador Local da Copa-2014 viajou para Miami, nos Estados Unidos, em meio a rumores de que poderia deixar ou pedir licença do cargo à frente da entidade que comanda o futebol nacional. "O presidente Ricardo Teixeira retomará as atividades que constam da sua agenda de trabalho na CBF após o carnaval", diz a nota da CBF.
Outra nota publicada no site da CBF diz que o dirigente, "bem como todos os membros de sua família, tem sua situação tributário-fiscal devidamente regularizada, nada devendo ao fisco federal, estadual e municipal, sendo certo que todos os seus bens e propriedades estão devidamente declarados perante as repartições competentes."
Teixeira foi aos EUA acompanhado do empresário Wagner Abrahão, presidente do Grupo Águia, responsável pela comercialização dos ingressos VIPs para o Mundial no Brasil e dono da agência de turismo Pallas, prestadora de serviços da CBF.
A viagem ocorre em meio a novas denúncias de corrupção envolvendo Teixeira, que é mineiro de Carlos Chafas e está desde 1989 no cargo, quando chegou ao poder amparado pelo então sogro e presidente da Fifa, João Havelange.
Uma renúncia do cartola da confederação que controla o futebol nacional vem sendo dada como certa desde quarta-feira por presidentes de federações estaduais, que já começaram a articular uma eventual sucessão.
Na quinta-feira, ele se reuniu-se com José Maria Marin e Marco Polo Del Nero, seus preferidos para comandar a CBF caso realmente saia. O trio almoçou e conversou numa churrascaria do Rio. Ex-governador paulista, Marin seria o sucessor de Teixeira, pois é seu vice mais velho. Del Nero, presidente da Federação Paulista de Futebol, seria o novo secretário-geral.
À tarde, Teixeira visitou a CBF, onde ficou no gabinete e conversou com funcionários. Pela manhã, despachou com executivos do comitê da Copa-2014.
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