Estou curioso para saber se os candidatos à prefeitura de Curitiba vão discutir a Copa do Mundo de 2014. Não se trata de analisar os aspectos técnicos dos jogos a serem realizados em Curitiba, muito menos a qualidade dos selecionados que serão visitantes da cidade.
O tema obrigatório é a consequência do envolvimento aberto do governo do estado e da prefeitura curitibana. O gasto de dinheiro público em estádio particular, obviamente, é uma ilegalidade que está sendo mascarada pelo governador e pelo prefeito. Até agora só ouvi uma referência ao assunto. O atual prefeito, ao encerrar sua participação no debate da Band, disse, dentre outras coisas, que quer ser o prefeito da Copa do Mundo. Falando logo depois ,o candidato Rafael Greca explicitou que sua obrigação não é ser prefeito da Copa, mas prefeito de todos os curitibanos. Mais nada foi pronunciado pelos ilustres candidatos.
Será que continuarão calados? Não os preocupa o desalojamento de famílias para incorporar uma valorosa área de terra ao estádio? Terreno desapropriado com dinheiro público, presenteando o dono do estádio. E o potencial construtivo que era de R$ 90 milhões já está beirando os R$ 130 milhões, mais a atualização pelo custo unitário da construção civil.
O potencial construtivo foi instituído por lei municipal para atender à necessidade de construção de obras públicas de utilidade para a população. Creches, postos de saúde, escolas, delegacias de polícia, para exemplificar. Com o potencial construtivo, o poder público vende o direito de aumentar a metragem quadrada de construção além do permitido pela lei do zoneamento da capital. Agora acaba de serem isentos pelo governo todos os tributos incidentes sobre materiais necessários à construção em andamento. E ainda o empréstimo de dinheiro do BNDES recaindo sobre o poder público estadual a obrigação de honrar o pagamento do dinheiro tomado, mais de R$ 131 milhões.
É muito assunto de grande responsabilidade para ser discutido pelos nossos candidatos à prefeitura. De todos, sem exceção. Não é possível silenciar sobre o envolvimento de dinheiro público em obra particular. Para o colunista, um assunto delicado, ofendendo os direitos da população, que paga uma fortuna em impostos.
Lembro-me de uma declaração que mereceu elogios do colunista. Lá atrás, quando se falava em Copa do Mundo, o governador Beto Richa foi claro ao dizer que as obras não teriam dinheiro público. O tempo, senhor da razão, se encarregou de desmentir o governador paranaense. O Atlético está na dele. Quanto mais receber de presente das autoridades, melhor.
Assunto trágico para a moralidade pública.
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