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Jogadores comemoram vitória e liderança no Brasil no grupo E | Vanderlei Almeida / AFP
Jogadores comemoram vitória e liderança no Brasil no grupo E| Foto: Vanderlei Almeida / AFP

O Brasil conquistou, neste domingo, sua segunda vitória na segunda fase da Copa do Mundo de Futsal da Fifa ao bater a Itália por 3 a 0, no Maracanãzinho. Com este resultado, os brasileiros somam seis pontos em duas partidas, liderando o Grupo E. A Itália vem em segundo, com três pontos.

A vitória dos anfitriões, e a derrota da Ucrânia para o Irã por 5 a 4 garantiu a equipe na semifinal. Além da vaga, o Brasil atingiu a quinta partida seguida sem levar gols, dando ao goleiro Tiago um novo recorde em Copas do Mundo, superando a Espanha, que havia conseguido ficar quatro jogos sem sofrer gols em 2004.

"Esse recorde é um mérito de toda a equipe, e não só meu. Todos estão contribuindo para a defesa, e o resultado é esse. Estamos muito felizes, mas mais pela vitória que pelo recorde", disse o goleiro Tiago, em entrevista ao SporTV.

O jogo

A partida começou muito tensa, com entradas duras de ambas as partes. Com clima de jogo de futebol, vaias da torcida para a Itália e côro de "Falcão, cadê você? Eu vim aqui só pra te ver...", o jogo foi disputado como uma autêntica final de campeonato. Ao contrário do jogo contra o Irã, o Brasil enfrentou neste domingo um adversário que tinha o objetivo de vencer, dando espaços na defesa e permitindo que os brasileiros evoluíssem em quadra.

Muito bem marcada pelo Brasil, a Itália não conseguia criar muitas jogadas efetivas de gol. Quando conseguia, o goleiro Tiago, que vem sendo um dos maiores destaques do Brasil no Mundial, afastava o perigo. Sem espaços, e tendo diante de si um Brasil motivado e mais concentrado do que na véspera, a Itália cometia faltas seguidas, chegando ao limite de cinco rapidamente, o que prejudicou o esquema de jogo dos europeus.

Drible de Falcão deixa italiano descontrolado

Aos 11m12s, Marquinho cobrou um lateral rapidamente e, em uma falha de posicionamento da defesa da Itália, Schumacher apareceu sozinho no segundo pau, tocando para o gol e abrindo o placar para o Brasil, para delírio dos torcedores que novamente compareciam em bom número ao Maracanãzinho. O ala brasileiro comemorou o gol beijando o escudo na camisa brasileira, provocando o fato de todos os jogadores italianos terem nascido no Brasil. Menos de um minuto depois, a Itália cometeu sua sexta falta, o que deu ao Brasil o direito de cobrar um tiro livre sem barreira contra o goleiro Feller. O capitão Vinícius bateu e Feller fez uma excelente defesa, vibrando muito.

Melhor em quadra, o Brasil assumia o controle do jogo, e aumentaria o placar aos 13m29s. Thiago deu passe longo para Wilde, que segurou a bola na entrada da área italiana e, marcado por três adversários, tocou para Lenísio, que chutou de primeira, no ângulo esquerdo, fazendo 2 a 0 e marcando seu décimo gol no Mundial.

Em vantagem no placar, o Brasil passou a tocar a bola com menos velocidade, esperando que a Itália saísse ainda mais para o ataque. E foi o que aconteceu. Aos 17m44s, Ari desperdiçou o segundo tiro livre sem barreira, após falta de Forte em Falcão, que tentou uma "carretilha" e foi derrubado. Os brasileiros reclamaram que o goleiro Feller adiantou-se demais para fazer a defesa.

No fim do primeiro tempo, nervoso pelo drible sofrido, Forte reclamou com Falcão e acabou agredindo com um tapa no rosto o auxiliar-técnico Pipoca, do Brasil, no túnel que dá acesso aos vestiários. Houve confusão e os seguranças tiveram trabalho para acalmar os ânimos. Confira o vídeo da confusão.

Na volta do intervalo, os árbitros analisaram as imagens da briga em um monitor de TV e, em seguida, comunicaram que Forte, da Itália, e Betão, do Brasil, estavam excluídos da partida. Pipoca também foi eliminado da partida.

Com cada equipe com um jogador a menos por dois minutos, o segundo tempo recomeçou com o Brasil controlando a partida, e aumentando o placar aos nove minutos, em uma jogada espetacular de Ari, driblando três adversários e chutando forte, no alto, sem chance de defesa para Feller.

A partida continuou mais tranqüila do que no primeiro tempo. A Itália, que havia dito na véspera que o que importava era a classificação para as semifinais, e que a vaga viria com vitórias sobre Ucrânia e Irã, passou a não buscar mais a vitória e a tocar a bola.

A torcida percebeu que a Itália abandonou a partida e passou a vaiar e a gritar "olé" a cada jogada brasileira. Falcão, que era aplaudido a cada vez que tocava na bola, foi ovacionado no fim, e disse que a seleção está no caminho certo rumo ao título.

"Queremos agradecer ao público que nos apoiou durante toda a partida. Hoje foi mais um jogo, mais um passo rumo à final. Vamos nos manter concentrados, porque queremos o primeiro lugar do grupo para podermos jogar a semifinal de domingo, e não a de sábado", disse o jogador, após o jogo.

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