Geninho terá problemas para escalar o Atlético que irá enfrentar o Internacional, sábado, em Porto Alegre.| Foto: Daniel Derevecki/ Gazeta do Povo
Prontuário rubro-negro

Na passagem de Roberto Fernandes pelo Atlético, criou-se a expressão "reforços do departamento médico". Uma referência a jogadores em tratamento no clube para se recuperar de lesões e que dariam uma nova cara ao Rubro-Negro quando voltassem a jogar.

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Dois técnicos e muitas dificuldades depois, os reforços da enfermaria não tiraram o Furacão das últimas posições. Para piorar, o departamento médico continua lotado, sem que surja uma explicação definitiva para a rotatividade fora do comum. O último a arriscar um palpite foi o preparador físico Moraci Sant’Anna. Para ele, a explicação estaria na própria situação do time.

"O que temos de explicação é que uma equipe muito tensa, pela situação na tabela, já entra com a musculatura mais contraída. Além disso, faz um esforço maior", diz. "Todos os cuidados têm sido tomados."

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Sant’Anna foi contratado justamente para solucionar o que seria uma das razões para tantos jogadores do Atlético freqüentarem o departamento médico. Nos corredores do clube, corre a conversa que um dos motivos teria sido uma sobrecarga de trabalhos imposta por Guilherme Bergamo, preparador físico que veio com Fernandes.

Procurado pela reportagem, o profissional não atendeu aos telefonemas.

É do período em que Bergamo e Fernandes passaram pelo clube que vem o caso mais emblemático de afastamento por lesão no Atlético atual. Considerado o principal jogador de ataque do elenco, Júlio César disputou apenas cinco jogos no Brasileiro. Não conseguiu se livrar de uma lesão no tendão-de-aquiles.

Com a enfermaria sempre ocupada, até o diretor do departamento, Paulo Brofman, acabou saindo. Segundo ele, por não aceitar uma interferência externa. "Tudo isso me incomodou e me incomoda muito. Quero acreditar que é a fase ruim", comenta o médico. Logo após a saída dele, chegou a se cogitar até que o então diretor de futebol Edinho Nazareth poderia supervisionar o setor.

Alexandre Cabral, um dos responsáveis por atender o time – o departamento médico deixou de ter um chefe após a saída de Broffman –, credita a série de contusões ao calendário do futebol brasileiro. "As últimas semanas foram muito puxadas. Basta comparar com outros times. Se tivéssemos um calendário melhor, seria diferente", reclama.

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No sábado, Cabral ganhou três novos pacientes. O lateral-direito Alberto, o meia Kelly e o atacante Joãozinho foram substituídos durante o jogo com o Fluminense por causa de problemas musculares. Além deles e de Júlio César, o zagueiro Rhodolfo e o volante Fernando, ausentes já contra o Tricolor carioca, também são desfalque certo para enfrentar o Internacional.