Tensão toma conta da Fan Fest e torcida comemora

Fifa Fan Fest CuritibaA festa começou cedo e tomou conta da torcida na Pedreira aos cinco minutos de jogo, quando a seleção brasileira abriu o placar contra a Colômbia. A alegria até foi intensificada depois do segundo gol, mas deu lugar ao drama aos 34 minutos do segundo tempo, quando James Rodrígez descontou para os colombianos.

Os 14 minutos que se seguiram até o apito final pareceram uma eternidade, e renderam muito nervosismo ao público da Fan Fest, que silenciou diante do risco de o Brasil sofrer mais um gol e a decisão seguir para a prorrogação e depois para os pênaltis, como ocorreu no contra o Chile, pelas oitavas de final.

Por todos os lados era um festival de gente roendo as unhas, com as mãos na cabeça e até tapando os olhos. Um dos mais nervosos era Alceu Honório Neto, 13 anos. O garoto não conseguia se conter, na dúvida se ficava sentado ou em pé, quieto ou aos gritos, olhando para o telão ou de olhos fechados.

Apesar da aflição, ele diz que poderia ter sido pior. "Eu estava achando que ia dar 1 a 1, e depois pensei que teríamos de passar pelos pênaltis de novo. Mas até que foi mais fácil que o último jogo", diz, aliviado com a vitória e classificação brasileira.

Como o marido não gosta de ouvir comentários enquanto assiste aos jogos, a bancária aposentada Clara Gianesini, 58 anos, seguiu para a Fan Fest nesta sexta-feira. Por lá, ao lado das filhas e do genro, pôde torcer à vontade – e lamentar o gol colombiano também. "Aqui dá para vibrar bastante, achei muito bom e pretendo voltar nos próximos jogos. A gente confia na nossa seleção, agora ela não pode nos decepcionar", afirma.

Foi difícil, mas o próximo jogo será ainda pior, prevê a filha de Clara, Ana Carolina Gianesini, 30 anos. Ela admite que foi angustiante ver os ataques da Colômbia no fim do jogo, mas diz que contra a Alemanha o desafio será maior. "Contra a Alemanha teremos de jogar melhor, eles têm um time bem formado", conta.

A saída de Neymar, que sofreu lesão ao final do segundo tempo, também preocupou os torcedores. Logo que o jogo acabou, o professor universitário Joaquim Freire, 36 anos, comemorou, mas logo foi tomado pela apreensão. "Estamos indo para a semifinal sem nosso capitão e não sei se o Neymar estará bem para jogar, ele foi muito marcado e levou muita porrada. Vão fazer falta", diz. Joaquim ainda não sabia, mas realmente Neymar não deve voltar a jogar pela seleção neste Mundial.