Na despedida de Carpegiani, o que acabou se destacando foi a crítica velada da diretoria atleticana ao São Paulo, que ofereceu diretamente ao técnico uma proposta de trabalho, sem passar pelo Atlético. O diretor de futebol rubro-negro, Valmor Zimmermann, garantiu que não é desta maneira que o Furacão trabalha.
"A única coisa que definimos desde o início é o seguinte: treinador que estiver trabalhando, nós não vamos tirar de outro clube. Vamos procurar achar um bom treinador, como foi o caso do Paulo [César Carpegiani]", afirmou, quando Soares ainda não estava confirmado, em uma clara referência ao time paulista.
Apesar de o ex-técnico atleticano preferir justificar a saída dizendo que estava sendo "profissional", o que ficou claro é que fez a diferença o valor oferecido pelo novo clube. Especula-se que, de um salário no Atlético entre R$ 80 a R$ 100 mil, Carpegiani passará a receber R$ 350 mil mensais, mais uma gratificação inicial de R$ 500 mil.
O treinador defendeu que é necessário manter os valores em sigilo. "Nós somos uma classe privilegiada, até exagerada financeiramente, eu reconheço isso", disse o técnico, justificando que, no caso de uma fase ruim, o torcedor pode utilizar esta informação contra o próprio técnico.
Quanto à proposta são-paulina, o ex-comandante rubro-negro assumiu que pediu para que os dirigentes rubro-negros mentissem para a imprensa antes que tudo fosse confirmado. Diante da insatisfação da torcida atleticana de perder o treinador justamente na reta final do Brasileiro, restou ao técnico pedir desculpas.
"Eu gostaria que eles [os torcedores] entendessem esta situação. Peço desculpas e desejo sorte", afirmou Carpegiani, contando que já tinha recusado uma proposta do exterior e outra de um time nacional." Para eu sair de uma situação cômoda assim, tinha de ser algo muito excepcional", justificou, lamentando não ter tempo para se despedir dos jogadores.
Commebol
Após transformar o G4 em G3, a Commebol pode reverter a decisão no dia 18 de outubro, quando o assunto será discutido no Conselho Executivo da entidade. Hoje, caso o Brasileiro desse quatro vagas à Libertadores de 2011, o Atlético estaria entre os classificados. (RM)
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