Entrevista com Anderson Varejão, jogador do Cleveland Cavaliers
São Paulo - O ala/pivô Anderson Varejão será o primeiro brasileiro a entrar em quadra na temporada 2009/10 da NBA. Defendendo o Cleveland Cavaliers, ele joga hoje, na abertura do campeonato, contra o Boston Celtics. E parte como um dos favoritos ao título da liga norte-americana de basquete, uma conquista ainda inédita para os jogadores do Brasil. Na temporada passada, o Cleveland parou na final da Conferência Leste, derrotado pelo Orlando Magic. O reforço do pivô Shaquille ONeal promete fortalecer o time.
Como está sendo formar dupla com Shaquille ONeal?
Anderson Varejão Shaq encaixou muito bem na equipe, com o sistema de jogo do Cleveland e já está nos ajudando muito. A chegada dele aumenta o nível da equipe. É uma estrela, um jogador vencedor, campeão por onde passou e vai nos ajudar muito nesta temporada. Ter ele do lado é muito melhor do que enfrentá-lo.
Você considera o LeBron James o melhor do mundo na atualidade?
Sim, com certeza. Apesar de jovem, LeBron é experiente, tem uma capacidade de enxergar o jogo e fazer o time jogar que impressiona. É um jogador maduro, pronto e que é uma peça importante na equipe. Mas sua maior qualidade é a humildade. Ele sabe que o time joga para ele e que o time joga com ele.
Quais são os pontos fortes do Cleveland para a temporada?
O Cleveland se reforçou bem. A equipe trouxe algumas peças importantes como Shaq, Leon Powe, Anthony Parker e Jamario Moon. Temos um grupo homogêneo, uma base que já joga junta há cinco anos e que tem um entrosamento muito bom, bem consolidado. Este ano estamos mais fortes e o nosso objetivo é lutar por esse título inédito.
Quais times são os principais adversários do Cleveland ao título?
Acho que ambas conferências estão fortes. Tudo é adversário, ninguém ganha no nome, mas nossos principais rivais, acredito, são Detroit Pistons, Boston Celtics, Miami Heat e Orlando Magic. No Oeste há muitas equipes fortes: Los Angeles Lakers, Denver Nuggets, Dallas Mavericks, Utah Jazz, Phoenix Suns e San Antonio Spurs.
Com o bom momento na NBA e na seleção brasileira, você se considera no auge da carreira?
Estou me sentindo bem e acho que no meu melhor momento. Mas ainda tenho muito a crescer e quero muito mais. Quero o título da NBA e ajudar o Brasil a voltar a conquistar títulos importantes, a estar entre os melhores do mundo, voltar à Olimpíada.
Falando em seleção, como vê este momento da equipe com o técnico Moncho Monsalve, após a conquista do título da Copa América. E o que esperar para o Mundial na Turquia, no ano que vem?
Moncho fez um excelente trabalho e os resultados falam por ele. Moncho é um ótimo técnico, de muito diálogo, que foi muito bem recebido e que conseguiu fazer um trabalho muito bom. Com um bom tempo para preparação e com o grupo completo, livre dos problemas de lesão, temos condições de chegar para jogar de igual para igual com qualquer equipe (no Mundial), pensando até em disputar uma medalha.
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