Com a promessa de acabar com os “mário-chuteiras”, em referência aos seguidores do presidente Mario Celso Petraglia, o Movimento Atleticano confirmou que vai concorrer às eleições do Atlético no fim do ano. O grupo, cuja chapa é intitulada Democracia Atleticana é a terceira via da disputa – a primeira é formada pelos atuais gestores do clube, e a segunda tem como cabeça o advogado Henrique Gaede, que ainda não apontou um candidato.
O termo “mários-chuteiras” foi usado pelo ex-presidente José Carlos Farinhaki para se referir a atleticanos que permitem que o atual mandatário comande o time à sua maneira, sem questionamentos. “Para o bem do Atlético, o Atlético tem de prevalecer. Temos atleticanos bons em todos os setores, inclusive na atual administração. Infelizmente temos também meia dúzia de ‘mários-chuteiras’ que só obedecem”, reclamou.
Apesar de não se considerar oposição, mas sim uma dissidência da atual diretoria, o Movimento Atleticano admite compor uma chapa única com o grupo de Gaede para tirar Petraglia do poder. Após várias reuniões, o impasse em torno dos nomes para o bate-chapa barrou, por ora, um acerto.
“Não somos oposição a nada, oposição ao Atlético. Éramos do grupo vencedor, mas estamos muito insatisfeitos com o rumo que a atual administração tomou. Estamos de braços abertos [para conversar com a oposição]”, explicou Farinhaki.
Um dos candidatos (para o Conselho Administrativo ou Deliberativo) deve ser o economista e professor Judas Tadeu Grassi Mendes, mas os nomes serão confirmados apenas dia 16 de novembro. Judas Tadeu tem sido nos últimos anos umas das vozes que mais questionam Petraglia nas reuniões do conselho.
“Em 2001, quando fomos campeões, era um conselho que administrava. Quando passou tudo para as mãos do Mario, deu no que deu. Anos sem títulos. Aliás, temos um sim. O Torneio da Morte”, ironizou Farinhaki. (ELK)
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