Democrática por natureza, a 11.ª Maratona de Curitiba promete um novo desfile do bom humor dos fantasiados, da união das famílias, do exemplo dos portadores de deficiência e do amor à corrida de rua. Entre os 4.800 participantes esperados no evento (recorde histórico) há gente com objetivos diversos à mera conclusão da maratona, corrida ou caminhada na manhã do próximo domingo.
"Quero passar uma mensagem sobre a cidade, que é famosa pela preservação ambiental, e descontrair o clima da corrida", ressalta o serígrafo José Antônio Moraes, de 49 anos, mais conhecido como "Pé-na-rua". Ele é figura conhecida na maratona curitibana, da qual há cinco anos participa fantasiado de árvore. Feliz por inaugurar a lista de inscritos para o evento, há mais de um mês, ele garante já ter preparado o exótico figurino para mais uma corrida. "É algo que combina com ela, que é ecológica", justifica.
Orgulhoso por ainda deixar "muitos piás para trás", o jardineiro José Antenor, o Cafu, de 57 anos, quer voltar a sentir a glória experimentada há dois anos, quando foi o primeiro a cruzar a linha de chegada na sua categoria (entre os homens, há 14 no total). Para isso, treina toda noite, após o trabalho, na rua mesmo. "Tinha feito uma pista de terra para treinar, mas ela não existe mais", lamenta Antenor, ao lembrar das obras na BR-476, no Parolin, que tiraram sua pista improvisada do mapa.
"Mesmo assim vou fazer bonito", promete.
Genésio Ribeiro, leitorista da Copel, de 57 anos, convenceu o filho, o cabo do exército Cristiano Ribeiro, de 19 anos, a correr a maratona com ele.
"Queria uma companhia e ele aceitou para ver como é a bocada", diz. "É bom porque juntos ficamos mais animados e dispostos a correr", afirma o patriarca, que só lamenta a impossibilidade de os outros cinco integrantes da família acompanharem a dupla.
"Todos correm, mas dessa vez só eu e o Cristiano vamos, pois faltou verba para o resto", explica. A inscrição para a maratona custa R$ 70; para a corrida, R$ 40.
Acostumado a participar de provas de velocidade no circuito paraolímpico, o cadeirante Jaciel Paulino, 34 anos, virá de Santos para adquirir experiência em provas de fundo e ajudar a mostrar que os portadores de deficiência podem participar como qualquer outra pessoa.
"Para isso, quero divulgar a modalidade de cadeirantes, e assim estimular outros como eu a também participarem do evento", destaca.
Serviço: A entrega dos kits para os participantes será feita hoje, das 14 h às 20 h, e amanhã, das 8 h às 18 h, na Praça Oswaldo Cruz. As inscrições para a maratona e para a corrida de 10 km podem ser feitas no mesmo local. As 1.000 vagas para a caminhada já foram preenchidas.
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