![Teste para cardíaco Atacante Washington comemora o gol da virada atleticana sobre o Flamengo, em 2004 | Valterci Santos/ Gazeta do Povo](https://media.gazetadopovo.com.br/2012/10/7d34b840e6df0430367b96884a71ff27-gpLarge.jpg)
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O que acontecia na época
A música perdeu Ray Charles e Johnny Ramone. O cantor e pianista americano definiu os rumos da soul music. Foi tão especial que, mesmo cego, até automóvel dirigiu (numa propaganda bem-humorada). O guitarrista, por sua vez, foi responsável por consagrar a estética punk ao lado dos incríveis Ramones
O presidente americano George W. Bush e a Organização das Nações Unidas (ONU) admitiram que o Iraque não detinha armas de destruição em massa. Aí já era tarde demais...
Todo mundo conhece (e ninguém mais aguenta) o bordão "é teste para cardíaco, amigo", sempre proferido por Galvão Bueno quando o bicho tá pegando, a cobra tá fumando, a chapa tá esquentando ou a seleção canarinho tá passando por uma situação de alta periculosidade. Neste caso, no entanto, vale a definição.
Atlético e Flamengo duelavam pelo Brasileiro de 2004. Domingo de sol, daqueles perfeitos para a prática do futebol, quando a grama é mais verde e a bola mais branca. E, naquele dia, a Baixada estava inteiramente colorida de vermelho e preto.
O Furacão brigava com o Santos pelo título nacional e dava como certa a conquista da vitória, considerando a freguesia do Urubu em Curitiba. Entretanto, a bola rolou e o favoritismo ficou só na teoria. Primeiro tempo, 0 a 0.
Times de volta do vestiário e o equilíbrio era o mesmo. Até que Zinho, o apelidado "Enceradeira" na Copa de 94, cobrou escanteio para Júnior Baiano, aquele famoso também, inaugurar o marcador metendo "a cabeça preta na bola branca", como narravam os antigos.
E agora tudo fará sentido, aguarde. Quarenta e dois minutos corridos do segundo tempo e os cariocas seguiam vencendo. Mas aos 45, somente 120 segundos depois, tudo havia mudado, um novo mundo havia se descortinado, graças a Washington, aquele atacante que um dia fora desenganado para o futebol por causa de um problema no coração.
Aos 43, o atleticano empatou o confronto, usando o corpanzil para girar na frente do zagueiro. Um minuto depois ele sofreu pênalti, numa vacilada tremenda do goleiro Júlio César. E justificando o codinome de Coração Valente, Washington cobrou e determinou a virada impensável: 2 a 1.
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