Thiago Pereira levou dez anos para brilhar no Mundial| Foto: Michael Dalder/Reuters

Dez anos depois de disputar seu primeiro Mundial de Esportes Aquáticos, Thiago Pereira finalmente ganhou uma medalha. Ontem, ele conquistou o bronze nos 200 m medley do campeonato que ocorre em Barcelona, na Espanha, perdendo a prata porque cansou no fim e acabou ultrapassado, na última braçada, pelo japonês Kosuke Hagino. O ouro foi para o astro norte-americano Ryan Lochte, que era o grande favorito para a prova.

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A prata não veio por apenas 0s01, com o tempo de 1min56s30, a melhor marca de Thiago Pereira sem trajes tecnológicos na sua prova preferida. Ao conquistar a sua primeira medalha na história do Mundial de Esportes Aquáticos exatamente nos 200 m medley, ele encerra uma incômoda sina. Ele havia ficado no quarto lugar nesta prova no Mundial de 2009 (Roma) e de 2007 (Melbourne), além de repetir o resultado na Olimpíada de Pequim (2008) e Londres (2012) – ainda foi quinto colocado nos Jogos de Atenas (2004). Agora, finalmente conseguiu superar o húngaro Laszlo Cseh, que terminou em quinto nesta quinta-feira. O astro norte-americano Michael Phelps, outro que sempre batia à sua frente, se aposentou.

"É minha primeira medalha em Mundial, estou bem satisfeito", comemorou Thiago Pereira, em entrevista ao SporTV, logo após a disputa da final nesta quinta-feira. Ele não negou, porém, o sentimento também de frustração por ter sido superado pelo japonês na batida da mão. "Mas por um centésimo não fiquei com a prata, é duro."

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O nadador, que não teve o contrato renovado com o Corinthians depois de ganhar a prata olímpica no ano passado e passou a competir pelo Sesi, exaltou a superação em um ano atípico. "Consegui me superar nesta temporada. Teve troca de clube, lesão no quadril e, independentemente de tudo, consegui essa medalha", comentou Thiago Pereira, que também viveu a emoção de se casar, em fevereiro.

Com o pódio de Thiago Pe­­reira, o Brasil passou a ter oito medalhas no Mundial de Barcelona. Antes, a equipe bra­­sileira já tinha conquistado duas de ouro (Poliana Okimoto nos 10 km da maratona aquática e Cesar Cielo nos 50 m borboleta), duas de prata (Poliana Okimoto nos 5 km da maratona aquática e Ana Marcela Cunha nos 10 km da maratona aquática) e três de bronze (Ana Marcela Cunha nos 5 km da maratona aquática, prova por equipes da maratona aquática e Felipe Lima nos 100 m peito).