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Thiago Pereira se poupou na parte final das eliminatórias, ontem: foco total na decisão | Daniel Castellano, enviado especial/ Gazeta do Povo
Thiago Pereira se poupou na parte final das eliminatórias, ontem: foco total na decisão| Foto: Daniel Castellano, enviado especial/ Gazeta do Povo

Cronômetro

Cinco novos recordes nas piscinas londrinas

A natação teve ontem cinco quebras de recordes. Nos 200 m peito, o húngaro Daniel Gyurta diminuiu em três centésimos a marca mundial – fez 2min07s28. O tempo anterior era do australiano Christian Sprenger, de 2009, ainda com os supermaiôs. Outro recorde mundial foi batido na semi dos 200 m peito, com Rebecca Soni (EUA). Ela fez 2min20s00 – a melhor marca era dela, em Pequim (2min20s22). Já a chinesa Jiao Liuyang tornou-se recordista olímpica dos 200 m borboleta com 2min04s06. O recorde era da compatriota Liu Zige (2min04s18), de 2008. No revezamento 4x200 m livre feminino, os EUA foram campeões com 7min42s92. Em 2008, a Austrália completou a prova em 7min44s31. Nos 100 m livre, Ranomi Kromowidjojo (HOL) fez 53s05, baixando os 53s12 de Britta Steffen (ALE).

O nadador Thiago Pereira vai confiante hoje para o Centro Aquático de Londres em busca de sua segunda medalha nos Jogos Olímpicos de 2012. Após a conquista da prata nos 400 metros medley, domingo, o brasileiro afirma estar mais tranquilo para a final dos 200 metros medley, prova em que alcançou a final com a quarta melhor marca na semifinal: 1min57s45. A disputa começa às 16h19 (de Brasília).

O nadador, recordista de medalhas em Jogos Pan-Americanos com 12 conquistas, diz estar confiante não só pela medalha de prata, mas também pelo tempo que alcançou nos 400 metros medley em Londres, com a marca de 4min08s86. "Agora não tem tanta pressão pela tranquilidade que os 400 m me deram. Sendo bem honesto e não tenho por que mentir: se eu não tivesse conquistado a prata nos 400 m, eu estaria bem mais preocupado do que estou", afirmou Pereira logo após a semifinal de ontem, lembrando que só havia alcançado esse tempo no período em que os trajes tecnológicos eram liberados – foram suspensos no final de 2009. "Fiz essa marca com o traje, quando era mais fácil. Então ter repetido agora só de bermuda me dá confiança bem maior [para os 200 m]", ressaltou.

Sobre a semifinal, Pereira diz ter se poupado no fim da prova. Tática diferente da que usou nas tomadas dos 400 metros, quando saía muito cansado da piscina. "Na virada do [nado] crawl eu vi que só estávamos eu e o Lazlo [Csech, nadador húngaro que também vai à final], então não tinha por que forçar mais. Tenho de guardar energia para a hora certa", avaliou o nadador.

Nesta quarta-feira, Pereira volta a reencontrar os outros dois medalhistas dos 400 m, o americano Ryan Lochte (ouro) e o japonês Kasuke Hagino (bronze), além de Michael Phelps, que ficou apenas em sexto na prova de domingo, mas na terça-feira se tornou em Londres o maior medalhista olímpico da história ao vencer o revezamento 4x200 livre e conquistar sua 19.ª medalha em Jogos. Pereira ainda destaca o próprio Csech, prata nos 200 m em Pequim-2008. "Para mim é motivante estar nadando junto com eles. O Phelps nem precisa falar, o Ryan pelo que vem conquistando e o Lazlo pelo que conquistou em 2008. Estar com esses três na final para mim é muito gratificante", ressalta.

O curitibano Henrique Rodrigues também participou da semifinal dos 200 metros medley, mas não se classificou. Essa foi a primeira Olimpíada do nadador de 21 anos, uma das apostas para os Jogos do Rio, em 2016.

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