Operação desmanche
Veja aonde foram parar alguns dos jogadores que participaram da campanha tricolor do 1º turno:
Luís Carlos (goleiro): Revelado na base do Paraná, foi emprestado para o Ypiranga-RS.
Carlinhos (zagueiro): Foi contratado pelo São Bento, onde disputou a Série A-2 do Paulistão. O time acabou rebaixado para a Terceira Divisão.
Alan (volante): Já passou por dois clubes depois do Paraná: Vila Aurora-MT e Vitória da Conquista-BA, onde está atualmente. Curiosidade: passou a atuar como atacante nesses times.
Tito (meia-atacante): Defende o Metropolitano, em Santa Catarina.
Chimba (meia-atacante): Transferiu-se para a Caldense-MG. Ao ser apresentado foi classificado pelo técnico do time mineiro como um "jogador diferenciado".
Zé Paulo (atacante): O jogador, que veio do Mixto-MT para o Paraná, voltou para o Mato Grosso, onde joga pelo Luverdense.
Paulo Matos (atacante): Foi o primeiro a ser dispensado pelo Tricolor e passou a defender o Goianésia. Até aqui, marcou um gol no Campeonato Goiano.
Douglas (atacante): Não chegou a atuar como titular no Paranaense. Sem espaço, foi defender o Angra dos Reis, que disputa a Série B do Carioca.
Maicon (atacante): Outro jogador da base do Tricolor que acabou emprestado. Até o meio do ano ficará no América-RN.
Virou consenso no Paraná: se o time tivesse feito um primeiro turno melhor, a situação no Estadual seria bem menos desesperadora. A três rodadas do fim do campeonato e amargando a penúltima colocação na classificação geral, o Tricolor sofre justamente por causa do fraco desempenho registrado na primeira metade do Paranaense.
O time de baixo custo montado no início do ano e estrelado por jogadores desconhecidos rendeu apenas cinco pontos nas 11 primeiras rodadas: um aproveitamento de 15%. "Em muitas derrotas poderíamos ter conquistado pelo menos um ponto e isso nos ajudaria bastante agora", lamenta o lateral-direito Paulo Henrique, o único do elenco que participou de todas as partidas do Tricolor na competição.
O rendimento pífio motivou a demissão do técnico Roberto Cavalo e provocou um desmanche naquela equipe. Alan, Zé Paulo, Tito e Paulo Matos são alguns exemplos de jogadores que saíram do clube sem deixar saudades.
O volante Serginho, trazido no começo da temporada, chegou a figurar em duas listas de dispensas, mas resistiu. Ele espera, agora, apagar de vez a má impressão deixada no começo da temporada. "Eu não vim para entrar para a história como um jogador que caiu com o Paraná. Temos que conseguir as vitórias e, na dificuldade, precisamos crescer", afirma.
A chegada de Ricardo Pinto ao comando técnico trouxe melhoras à equipe: o desempenho do time subiu para 52%. Se o rendimento fosse este desde o início da competição, a equipe paranista teria 29 pontos, ocupando um confortável quinto lugar, sem brigar pelo título, mas bem longe do risco de cair para a Segunda Divisão local.
No entanto, a realidade é outra. Aos atletas que ficaram e aos que chegaram com o Estadual já em andamento restou tentar evitar a vergonha do rebaixamento. "Infelizmente o primeiro turno não foi como queríamos, mas já passou. Temos três guerras pela frente e pretendemos conseguir os nove pontos para escapar desta zona incômoda", diz o lateral-esquerdo Lima, lembrando dos próximos compromissos contra Iraty e Arapongas, em casa, e Cascavel, fora.
A necessária sequência de três vitórias foi obtida uma vez pelo Paraná neste ano, nas partidas contra Cascavel, Corinthians-PR e Rio Branco. "Vamos ter que repetir, pegar aquela motivação novamente e sair com as vitórias para a equipe não cair", ressalta o zagueiro Luciano Castán.
Interatividade:
Quais erros o Paraná cometeu para estar neste momento brigando para não ser rebaixado no Campeonato Paranaense? Quem é o maior culpado?
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