Nem categoria de base nem time principal. A recém-criada equipe sub-23 do Atlético está exatamente no meio das duas categorias e tem servido como um ponto de entrada no clube. Também funciona como centro de reabilitação técnica. Para a diretoria atleticana, o objetivo é criar um suporte para a equipe de cima, com os mesmos profissionais e metodologias.
Alguns nomes já conhecidos da torcida atleticana figuram por lá, como o goleiro João Carlos e os atacantes Patrick e Jenison, além do mais renomado deles: Morro García. O "rebaixamento" do uruguaio é o exemplo mais evidente da estratégia de recuperar quem anda por baixo.
O uruguaio, aliás, reencontrou o gol pelo sub-23. Nos três amistosos realizados até agora contra Laranja Mecânica, reservas do Figueirense e juniores do São José , ele marcou duas vezes. Retornar ao convívio dos antigos companheiros depende apenas dele. "Quem se destaca no sub-23 vai ser integrado à equipe principal em algum momento", garante o diretor de futebol, Sandro Orlandelli.
Esse efeito sanfona já aconteceu com o atacante Edigar Junio. Começou o ano no time de cima, foi parar no sub-23 e agora voltou a ser comandado por Carrasco. E teve quem só fez um pit-stop, como o atacante Léo e o meia Zezinho, que ficaram pouco tempo na formação B.
Por ser praticamente um centro de reabilitação, não está limitado a jogadores com 23 anos ou menos, mas também aos atletas que estão voltando de lesão. Caso do atacante Pedro Oldoni, de 26 anos, que estava entregue ao departamento médico e ressurgiu ontem no jogo-treino diante dos juniores do São José anotou três dos cinco gols atleticanos.
Para funcionar de fato, porém, o sub-23 precisa jogar. Por enquanto, amistosos, mas a ideia é a de ampliar a carta de jogos. "Estamos pensando em realizar alguns minitorneios para ajudar a estimular a competitividade e também dar motivação aos jogadores. Ainda é um processo embrionário", adianta Orlandelli, que pretende ter o primeiro desses torneios já em abril.
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