Mesmo afastado do dia-a-dia do clube, por causa dos meus compromissos profissionais, é com imensa alegria que eu vejo o Paraná conquistar um título novamente. Como torcedor é ótimo ver que o clube, depois de alguns anos, volta a ser campeão paranaense.
Na última vez que isso aconteceu eu ainda era atleta do Paraná, e foi em uma decisão meio parecida com a de ontem. Um jogo contra uma equipe do interior, o União Bandeirante que ao contrário da Adap, não tinha mais chance de ser campeão. A Vila Olímpica recebeu mais ou menos o mesmo número de pessoas que foram ao Pinheirão e nós vencemos por 3 a 0, com o primeiro gol marcado por mim. Foi um dos muito momentos especiais que eu vivi pelo clube, desde a estréia contra o Cascavel, em 1995, até aquele jogo, que foi a minha despedida.
No último ano e meio, o Paraná teve uma melhora considerável. Após alguns anos de dificuldade, com a equipe sendo ameaçada freqüentemente de rebaixamento no Campeonato Paranaense, podemos dizer que o presente do clube é verdadeiramente bom. Um momento de muita alegria reforçado por este título e pela volta à Vila Capanema.
O título e o retorno à Vila mexem com o torcedor, despertam novamente o orgulho de ser paranista. A volta para o estádio devolve uma importante referência ao clube e inicia o resgate da história do Paraná nos anos 90, quando o time foi o mais importante do estado.
Tenho certeza de que a conquista estadual pode ser o ponto de partida para que o Paraná volte a ser referência do futebol paranaense para o Brasil. Por tudo que está sendo feito, o clube só tem a crescer nos próximos anos. É hora de aproveitar este momento e curtir o orgulho de ser paranista.
Ricardo Luís Pozzi Rodrigues, o Ricardinho, jogador de futebol.
Maior revelação da história do Paraná, o meia foi campeão estadual pelo clube em 95, 96 e 97 e pentacampeão mundial em 2002, com a seleção brasileira. Paranista de coração, assistiu à final de ontem em um camarote do Pinheirão.
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