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O Tribunal de Justiça Desportiva (TJD-PR) lavou as mãos em relação à segunda etapa de investigação do "caso bruxo" – inquérito que trouxe outra série de supostas irregularidades na administração e arbitragem.

Para não denunciar Onaireves Moura, presidente da Federação, o órgão colocou em dúvida a principal prova do processo: uma gravação telefônica entre Amorety da Cruz (presidente do sindicato dos árbitros) e Fernando Homann (chefe do apito em meados de 2004).

"Para evitar uma exposição em público de alguém que possa ser inocente, decidimos encaminhar o CD para um perito. Amanhã (hoje), irei entregá-la ao sub-procurador do Ministério Público, Luís Eduardo Trigo Roncalho", explicou Bortolo Escorssim, presidente do TJD.

Além de Moura, que teve seu nome citado na fase de apuração dentro dos artigos que tratam de abuso de autoridade, depoimento falso e promessa de vantagem indevida, estariam implicados ainda Orlando Lehmkhul, Homann e José Marcondes (todos ex-diretores do apito).

"O problema é que a conversa gravada parece um roteiro pré-estabelecido para acusar pessoas", reforça Adão Laslowski, procurador-geral do TJD. Foi ele quem decidiu pela busca da autenticidade e veracidade da gravação. Evitou, assim, de transformar o homem-forte do futebol paranaense em réu – com o risco de pegar até quatro anos de suspensão.

"É estranho que durante uma conversa por telefone duas pessoas incriminam outras, mas quando vieram depor falaram coisas distintas. Pode ser retaliação", reforçou Escorssim.

O autor do inquérito, o procurador Paulo Gradella, discorda. "Houve pré-julgamento. Veja bem: se a prova é realmente frágil, porque não deixar os auditores decidir pela absolvição?", lamentou.

Bortolo fez questão de afirmar que não haverá prescrição do caso no TJD – leia-se fim do processo por morosidade. Também disse que o caso não está arquivado.

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