Time está a uma vitória da Série Ouro| Foto:

Foz x Beltrão

A outra partida da penúltima rodada da Divisão de Acesso do Campeonato Paranaense, que também acontece as 15h30 deste domingo, será entre Auritânia Foz x Francisco Beltrão. A partida quase não foi realizada, afinal o time de Foz tinha débitos pendentes com a FPF, mas como quitou a dívida, a rodada foi confirmada.

As chances de classificação para as duas equipes são um pouco menores que as de Real Brasil e Toledo. Para continuar sonhando com uma vaga na elite do futebol estadual, o Foz precisa vencer e torcer por um tropeço do Real. Na última rodada, o time precisaria vencer o líder Toledo e torcer para um novo do Real Brasil. Caso o Toledo perca nesta rodada, vai com tudo para cima do Foz e pode ficar de fora se for derrotado. O Beltrão precisa vencer os dois jogos e também torcer para a derrota do Real Brasil.

Da mesma forma que as duas vagas parecem estar nas mãos de Toledo e Real, os dois podem acabar ficando de fora, mas as combinações de resultados teriam que ser perfeitas.

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Depois de um início de ano mergulhado em uma grande polêmica – das muitas que volta e meia surgem no futebol paranaense – o Toledo Colônia Work pode conquistar neste fim de semana seu retorno para a Série Ouro do Campeonato Paranaense. Enfrentando o Real Brasil na penúltima rodada da competição, o representante do Oeste do Paraná consegue o acesso à elite do futebol estadual e o título da Divisão de Acesso.

Com a desistência do União Bandeirantes em disputar a Série Ouro de 2007, ainda em 2006, uma vaga se abriu para que um dos times da segunda divisão pudesse disputar a "primeirona". Rebaixado para a Divisão de Acesso após um campeonato muito ruim naquele ano, o Toledo foi indicado pela Federação Paranaense para ficar com a vaga, mas o Engenheiro Beltrão – quarto colocado da segundona naquele ano – reivindicou seus direitos na Justiça Desportiva.

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Depois de ver frustrada sua intenção de permanecer na elite por uma definição do STJD, o clube traçou um planejamento para conseguir a vaga em campo. "De tudo que passamos, a queda e a briga nos tribunais, o torcedor vem colaborando com a equipe e comparecendo ao estádio. Aquilo (brigas nos bastidores pela vaga) atrapalhou muito. Montamos uma equipe, um futebol empresa que funcionou e está dando seus frutos", explicou o presidente do clube Irno Picinini.

O time, que tem no comando o técnico Rogério Perrot, vem conquistando a cidade e a região. "O Rogério é um grande cara e é muito sério. Tem o trabalho totalmente aprovado, tem um comportamento exemplar e não tem vícios de treinadores muito rodados. A equipe foi formada com jogadores escolhidos a dedo, com média de 20 anos idade e que está com retorno acima do esperado". O diferencial, segundo Picinini, é a seriedade do trabalho. "Temos uma estrutura de nível, de primeira divisão para atletas e comissão técnica. Viagens, transporte próprio, salários em dia e premiações".

A campanha do Toledo é realmente de fazer inveja nos adversários. "Temos uma média de 2.500 pagantes por jogo. No último foram 4 mil e queremos levar a campo umas 10 mil pessoas na última rodada. A expectativa é enorme para voltarmos para a primeira divisão. É uma das melhores campanhas de equipes da Divisão de Acesso nos últimos anos. Temos apenas uma derrota no campeonato inteiro, o melhor ataque e a melhor defesa. Vamos fazer um bom jogo, se Deus quiser, e mesmo se perdemos podemos conseguir a classificação na última rodada", explicou Picinini.

Um "novo" Real Brasil

Quando foi chamado para dirigir o Real Brasil – um dos times do polêmico empresário Aurélio Almeida - Carlos Eustáquio Caetano, ou apenas "Carlão", tinha a difícil missão de tirar a antipatia que todos os que acompanham o futebol estadual tinham pelo clube. Hoje, seis meses depois, Carlão comemora os bons resultados da equipe, o resgate da credibilidade e a possibilidade do time voltar à elite do futebol paranaense.

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O diretor acredita que seu trabalho, em parte, foi bem executado. "Todas as polêmicas, com certeza, foi um ponto que atrapalhou bastante o nosso trabalho. Mas quando o Aurélio me convidou para vir, a minha proposta foi essa: de mudar essa imagem do clube. O meu trabalho era fazer as coisas certas, com honestidade e simplicidade. Não fazer nem prometer nada que não pudéssemos cumprir e executar. Ainda estamos buscando isso, mas até agora está dando certo, mesmo com essa antipatia das pessoas em relação ao Aurélio".

O resultado palpável é a vice-liderança do Real Brasil no returno do quadrangular final da Divisão de Acesso. Se conseguir uma vitória neste domingo, às 15h30 no Estádio do Pinhão, o time leva uma das vagas para a Série Ouro do Campeonato Paranaense.

"Estamos vendo esse jogo como uma decisão. Na verdade a gente veio por fora e desde o inicio o Real Brasil não era tido como um dos favoritos ao acesso. Mas, fazendo um trabalho sério com jogadores e tentando mudar a história do clube com muita honestidade, estamos conseguindo sucesso. O pessoal se uniu bastante e por causa disso os resultados apareceram", explicou Carlão.

A vantagem do jogo é do Real, afinal o clube jogará em casa. Contudo, a casa do time é apenas alugada, já que desde que o estádio Pinheirão foi lacrado o time não tem um local para chamar de lar. Tradicional por ser um "nômade da bola", o empresário Aurélio Almeida negocia com vários clubes para poder mandar seus jogos.

Neste campeonato o Real já mandou partidas no Pinheirão, Egydio Pietrobelli (do Iguaçu, de Santa Felicidade) e agora no Pinhão, em São José dos Pinhais. "Temos que aproveitar a vantagem de jogar em casa. Não vamos deixar passar a oportunidade e inclusive conversamos sobre isso com os jogadores. Estamos encarando como uma decisão, o pessoal está motivado, unido e concentrado".

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