O presidente do Engenheiro Beltrão, Luiz Linhares, admite ter deixado de pagar a taxa de arbitragem exigida pela Fe­­de­­ração Paranaense de Futebol (FPF). Porém se diz baseado no Estatuto do Torcedor. Amparado no regulamento do Paranaense e no regulamento geral de competições da FPF, o Toledo pediu no Tribunal de Justiça Des­­portiva (TJD) o WO da partida do último domingo contra o En­­genheiro. Caso obtenha sucesso no tapetão, em vez do empate por 1 a 1, contabilizaria uma vi­­tória por 3 a 0. Assim, saltaria de 15 para 17 pontos, da 10.ª para a 9.ª posição.

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Dois pontos providenciais na luta por uma vaga no octogonal final ou para livrar o clube do rebaixamento. Ou seja, um terceiro time poderia perder a vaga na segunda fase ou cair, aumentando a chance de o imbróglio se arrastar no tribunal.

"Como o Engenheiro não havia pago a partida anterior como mandante (contra o Ser­­rano), essa não poderia ter sido realizada", explica Helder Vicentini, advogado do Toledo, acrescentando que outras despesas do jogo também não foram quitadas.

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Luiz Linhares, presidente do já rebaixado Engenheiro, não tira a razão dele. Mas também diz ter a sua. "O Toledo está certo, e nós também. Não pagamos o borderô e nem vamos pagar, pois o Estatuto do Torcedor, no artigo 30, é bem claro: quem tem de pagar a arbitragem é a Federação, a entidade organizadora", afirma. À Rádio Tran­­­­sa­­mérica, acrescentou: "Não temos obrigação de pagar esses bandidos."

O presidente da FPF, Hélio Cury, não quis falar sobre o assunto. Já o vice-presidente da entidade, enigmático, disse apenas que "está tranquilo. Va­­­­mos apresentar a documentação no tribunal", falou sem entrar em detalhes.