Depois de ser flagrado em exame antidoping com cocaína, o lutador Jon Jones rompeu o silêncio e falou pela primeira vez sobre o assunto. O campeão meio-pesado caiu no teste realizado em 4 de dezembro um mês antes de sua luta com contra Daniel Cormier, no UFC 182, vencida por ele com decisão unânime.
Dois dias após defender o cinturão, o exame foi divulgado e o lutador, em nota, anunciou que havia se internado em uma clínica de reabilitação. Segundo a mãe do atleta, ele ficou apenas um dia no local. Jones garante que não é dependente químico.
"É uma situação muito constrangedora e tive de explicar a muitas pessoas que não sou viciado em cocaína de jeito nenhum, nem sou usuário frequente. Apenas tomei uma decisão muito idiota e fui pego de 'calça arriada' nessa situação", declarou ao Fox Sports 1. O canal dos Estados Unidos vai exibir a entrevista na íntegra nesta segunda-feira (19).
No fim de semana, o UFC anunciou uma multa de US$ 25 mil (aproximadamente R$ 65 mil) para Jones por violação do seu código de conduta para os atletas contratados pela organização. A multa leve acabou justificada pelo UFC por Jones ter passado nos exames antidoping pós-luta, que não apontaram a presença de benzoilecgonina, principal metabólico da cocaína, no organismo de Jones.
Essa substância aparece apenas na lista de itens proibidos da Agência Mundial Antidoping (Wada) durante o período de competição até 12 horas antes do início da luta. Como o teste foi feito fora desse período, a Comissão Atlética do Estado de Nevada não puniu o lutador de forma mais rígida.