Campeão nacional dos Emirados Árabes no ano passado pelo Al Shabab, o técnico Toninho Cerezo deixou nesta quarta-feira o comando da equipe. O ex-jogador da seleção brasileira e Atlético-MG rescindiu seu contrato de forma amigável devido aos inúmeros problemas financeiros do clube.
"Estou voltando ao Brasil para passar o réveillon com a família (risos). Esses aspectos financeiros vêm atrapalhando o trabalho desde o ano passado. Consegui, no começo, contornar essa situação e até nos sagramos campeões, mas tudo se complicou nos últimos tempos", contou Cerezo, por telefone, de Dubai.
Segundo o técnico, outro fato que acabou forçando sua saída do clube, no qual joga o meia Renato Abreu (ex-Flamengo), foi a mudança da diretoria.
"Foi de uma hora para outra. Saiu presidente, diretor de futebol, nem tive tempo para me despedir deles. Mas o importante é que estou saindo bem. Foi tudo tranqüilo. Fiquei até surpreso. Minha despedida aqui teve festa e tudo mais", observou Cerezo, eleito o melhor técnico dos Emirados Árabes na temporada 2007/2008.
Apesar da camaradagem dos dirigentes e dos "tapinhas" nas costas, Cerezo ainda não deixou o país. O motivo? O clube ainda deve salários e outros prêmios a ele e à sua comissão técnica.
"Ainda estou aqui para receber o que me devem. O pior é que ficando aqui mais uns 15 dias vou acabar continuando pelo Oriente Médio, afinal, vários clubes já entraram em contato comigo. Hoje mesmo uma equipe do Catar me procurou".
Aberto a propostas
Sobre voltar a trabalhar no Brasil, Cerezo disse que está aberto a propostas em 2010. O ex-jogador do São Paulo, entretanto, também não descarta fazer uma espécie de "intercâmbio" no futebol italiano, onde atuou nas décadas de 80 e 90 em clubes como Roma e Sampdoria.
"O que pintar, vou enfrentar. O negócio é não ficar parado. Posso ir para a Itália pois meus filhos moram lá, além de eu ter uma abertura com o Leonardo (técnico do Milan) e com o Bruno Conte, que trabalha como dirigente na Roma".
Alcolumbre e Motta assumem comando do Congresso com discurso alinhado a antecessores
Hugo Motta defende que emendas recuperam autonomia do Parlamento contra “toma lá, dá cá” do governo
Testamos o viés do DeepSeek e de outras seis IAs com as mesmas perguntas; veja respostas
Cumprir meta fiscal não basta para baixar os juros
Deixe sua opinião