Um toque de Paulo Baier e veio a vitória. O presidente do Atlético não gosta que se fale muito disso (quebra seus argumentos para não renovar com o craque da equipe), mas feliz do time que pode contar com a diferença técnica do capitão atleticano, que pôs Marcelo na cara do gol para garantir o resultado em casa e a estabilidade entre os quatro primeiros do Campeonato Brasileiro. Estão mantidos os oito pontos de diferença para os concorrentes e a tranquila posição entre os aspirantes à Copa Libertadores da América do ano que vem.
Mas foi só isso, também. Teve um lance de inspiração de Douglas Coutinho nos instantes finais, tocando por cobertura, com o goleiro ao lado, mas a bola, caprichosamente, quicou um pouco mais alta que o desejado e encobriu o gol vazio.
De resto, uma partida de muito chutão, poucos momentos de criatividade e um equilíbrio entre os contendores, uma vez que a Portuguesa tem sido um dos melhores competidores do segundo tempo.
O Atlético não tem sido o mesmo nas partidas mais recentes, principalmente do meio em diante. O time perdeu aquela característica de busca incessante pelo gol, que tão bons resultados trouxe para a campanha bem sucedida até aqui.
O caminho da Libertadores está aberto, mesmo com os altos e baixos compreensíveis dos últimos jogos. Resta saber administrar o que vem pela frente.
Contrastes de sábado
Vejo o Coritiba e parece não ter jeito. Sem Alex, principalmente, quando tudo se embola e nada se resolve. E a torcida, que tanto fez, pressionou, até levar a diretoria a demitir o técnico Marquinhos Santos, deve estar pensando agora que não era bem assim. Que sempre é mais cômodo atribuir a culpa ao treinador do que admitir o baixo potencial técnico da equipe.
A partida contra o Vitória foi mais uma das tantas nas quais o time se mostrou impotente para qualquer possibilidade de reação. Não havia articulação e tampouco finalização. Na boa chance de Geraldo saiu o gol, que seria o de empate naquele momento. Mas dali em diante os baianos criaram e criaram, as chances foram desperdiçadas, o goleiro Vanderlei (e ainda há quem critique o guapo coxa) pegou várias e outras tantas não tiveram pontaria.
O Paraná Clube, de seu lado, até que construiu um bom resultado. Pelo ponto conquistado fora e pela atuação da equipe, que parece ter novamente acordado de uma letargia que tomou conta do grupo por algumas rodadas. O Ceará bem que atacou, Luís Carlos fez algumas defesas complicadas (nada mais que a obrigação, diria o mais pragmático), mas o ataque também teve suas chances, impedindo acomodação do goleiro contrário.
Os jogos em casa, a começar pelo de amanhã, contra o Bragantino, deverão reconduzir o time ao grupo de classificação. A se manter a performance exibida em Fortaleza, é claro.
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