Realização da Olimpíada em 2021 ainda dependerá de controle da pandemia de coronavírus| Foto: Philip Fong/AFP
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Vice-presidente do Comitê Organizador dos Jogos de Tóquio-2020, Toshiaki Endo afirmou nesta sexta-feira que até março de 2021 não será possível saber com certeza se haverá Olimpíada ou se o evento no Japão terá que ser cancelado devido à evolução da pandemia do novo coronavírus.

Os Jogos de Tóquio-2020 deveriam começar no próximo dia 24 de julho, mas a competição foi adiada para 2021, entre 23 de julho e 8 de agosto, devido ao surto global da covid-19, que impediu a preparação e a participação dos atletas nos torneios de classificação.

"Ainda não está claro como será a situação do novo coronavírus no próximo verão (no hemisfério norte). É muito cedo para analisar se haverá Jogos Olímpicos ou não", disse Toshiaki Endo, que falava em uma reunião do Partido Democrata Liberal.

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Há também quem defenda que será muito difícil os Jogos Olímpicos acontecerem no próximo ano se não houver uma vacina contra o novo coronavírus, por medo de que a concentração de torcedores de muitos países possa contribuir para a propagação do vírus.

"Uma outra questão importante está relacionada com a forma como decorrerão as qualificações olímpicas. Perante isto, uma decisão deverá ser tomada tendo em conta todos estes aspectos", afirmou Endo.

O Comitê Olímpico Internacional (COI) não estabeleceu um prazo para determinar o cancelamento dos Jogos se a propagação da pandemia continuar ou se não houver medicamentos ou vacinas confiáveis para acabar com o novo coronavírus.

O responsável pela comissão de coordenação do COI, o australiano John Coates, disse aos órgãos de comunicação social de seu país que outubro deste ano será um "período crítico" para avaliar se os Jogos Olímpicos poderão ser disputados.

O que as autoridades olímpicas já deixaram claro, dentro e fora do Japão, é que não haverá possibilidade de um adiamento adicional à data prevista e se os Jogos não começarem em 23 de julho de 2021 serão definitivamente cancelados.

Enquanto isso, o Comitê Organizador concentra esforços na "simplificação" dos Jogos de Tóquio-2020 para evitar riscos adicionais e que incluem a alteração do formato das cerimônias de abertura e encerramento. A questão foi discutida nesta semana pela governadora de Tóquio, Yuriko Koike, e pelo presidente do Comitê Organizador, Yoshiro Mori.

"Agilizar e simplificar os preparativos para a competição exige consideração das partes interessadas", afirmou Yuriko Koike, sem dar mais detalhes e pedindo apenas o "entendimento" do público a esse respeito.

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