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Satisfeito com o rendimento do Brasil 1 nos treinos desta semana, na Baía da Guanabara, o comandante Torben Grael não aceita o favoritismo para a disputa da in-port race neste sábado, que conta pontos para a classificação geral da Volvo Ocean Race. Nem mesmo o fato de cinco tripulantes do veleiro brasileiro conhecerem bem a raia, altera a opinião do bicampeão olímpico.

- O conhecimento da Baía de Guanabara ajuda, mas pode não ser determinante. Todos os barcos estão com ajuda local. O Ericsson, por exemplo, contratou o Maurício Santa Cruz - comenta Torben. - Além disso, estamos acostumados com barcos menores, em que as reações são muito mais rápidas do que em um veleiro do tamanho do Brasil 1 - completou.

Dono de cinco medalhas olímpicas, recorde em todos os esportes no Brasil e mundial na vela, Torben lembra de muitas dificuldades a serem encontradas na regata de sábado, que terá em torno de 30 milhas náuticas (56 km) e demorará perto de três horas.

- A Baía de Guanabara não tem regrinha, é muito imprevisível. Não tem um dia igual ao outro e precisamos sempre estar com o olho aberto a qualquer tipo de mudança - observa o comandante. - Não estamos acostumados também a ir até a Ponte Rio-Niterói. Costumamos correr para o sul da Baía - ressalta.

Torben acredita que sua tripulação não se sentirá pressionada por competir em casa. Ele garante, porém, que o objetivo é fazer a melhor regata possível.

- Não vamos velejar com pressão. O que a gente quer é ir bem para homenagear toda a torcida e todas as pessoas que estão nos apoiando tanto. Todo mundo está super a fim de ir bem - disse.

Os barcos estrangeiros, por outro lado, estão procurando apoios locais. Além do Ericsson, que contará com orientações do campeão mundial de J24 Maurício Santa Cruz, o ABN Amro Two contará com a ajuda de Gastão Brun, campeão mundial de Star e pai de Lucas Brun, tripulante do barco holandês.

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