Torcedores de Cruzeiro e Atlético Mineiro protagonizaram neste domingo cenas de violência em Belo Horizonte e região metropolitana antes do clássico válido pela 5 ª rodada do Campeonato Mineiro. Na ocorrência mais grave, o torcedor atleticano Lucas Batista Marcelino, de 20 anos, morreu ao ser atingido por um tiro no pescoço. De acordo com a Polícia Militar, por volta de 12 horas, um grupo de cerca de 70 torcedores do Atlético, que se concentrava na avenida Silviano Brandão, no bairro Horto, região leste, foi alvo de tiros disparados por dois homens que estavam nas garupas de duas motos
Lucas foi socorrido em estado grave, mas não resistiu ao ferimento e faleceu após dar entrada no Hospital de Pronto-Socorro João XXIII. Um outro torcedor do Atlético ficou ferido. O menor G.S.B., de 16 anos, foi atingido nas nádegas e encaminhado também para o Hospital João XXIII. Ele seria operado para a retirada da bala, mas não corria risco de morrer.
A PM fez buscas nas imediações e dois suspeitos foram presos e levados para a Delegacia Seccional Sul. Um deles vestia uma camisa do Cruzeiro. Segundo o major Idzel Fagundes, assessor de comunicação organizacional da Polícia Militar, a motivação do crime estava sendo investigada.
Testemunhas chegaram a dizer que os autores dos tiros vestiam blusas da torcida Máfia Azul, o que não foi confirmado pela PM. "Tudo indica que os tiros foram efetuados contra determinada pessoa. Não podemos falar ainda em fato envolvendo torcidas. Parece que foi uma coisa direcionada", disse.
Colegas do atleticano morto forneceram nomes dos supostos autores dos ataques. Uma prima de Lucas disse que ele não pertencia a nenhuma torcida organizada. Os militares também apreenderam duas motocicletas que supostamente foram usadas no ataque aos atleticanos. Testemunhas reconheceram os veículos.
Antes do início da partida, a PM registrou confrontos entre torcedores dos dois times em vários pontos da região metropolitana de Belo Horizonte. Em Vespasiano, uma bomba caseira foi detonada durante uma briga entre atleticanos e cruzeirenses. Vários torcedores foram detidos. Não houve registros de feridos graves.
A PM disponibilizou um efetivo de aproximadamente mil homens para o clássico. Na chegada ao Mineirão, para evitar confrontos, os torcedores atleticanos e cruzeirenses eram isolados pelos policiais. Pelo menos dois ônibus disponibilizados para os torcedores do Cruzeiro foram depredados.
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