Um torcedor do Botafogo morreu e outros dois ficaram feridos no início domingo, em frente ao Estádio do Engenhão, antes do clássico cariocao. O trio estava diante da ala norte do estágio quando foi alvejado por tiros vindos de um carro que passava pela rua. Após o incidente, eles foram levados para o Hospital Salgado Filho.
Baleado no peito, Diego Silva dos Santos, de 28 anos, chegou ao hospital em estado grave e não resistiu. Jean Marques Ferreira Rocha, de 22 anos, e Pedro Henrique da Silva Rego, de 20, foram atingidos no braço esquerdo.
Do lado de fora do estádio, antes do jogo, o clima foi tenso. Torcedores tiveram que se esconder atrás de pilastras ao ouvirem som de tiros. Mais cedo, o Botafogo chegou a afirmar que era contra a realização da partida por falta de policiamento , mas a Polícia Militar garantiu que tinha efetivo para que o jogo acontecesse em segurança. Desde sexta-feira, mulheres e parentes de policiais militares ocupam a entrada de várias unidades da corporação, impedindo a saída de viaturas e agentes. O coronel Teixeira, porém, afirma que o efetivo para o clássico era “mais do que suficiente”. “É claro que prejuízo sempre tem (por conta da manifestação), mas nada que impeça a realização do evento. Não seríamos levianos de realizar o jogo sem as devidas condições de segurança”, afirmou.
Ainda de acordo com Teixeira, além do próprio 3º BPM, estão no entorno do Engenhão homens do 1º Comando de Policiamento de Área (CPA) e do Comando de Operações Especiais (COE), que inclui o Batalhão de Choque e o Batalhão de Ação com Cães (BAC). Guardas municipais também estão no local.
“O Botafogo foi informado que o jogo foi confirmado. Estamos preocupados e preferimos que o jogo não acontecesse. Temos relatos de tiros, de bombas e de muita confusão do lado externo. Mas, da forma que nos foi colocado, nós vamos entrar em campo”, disse o vice-presidente jurídico do Botafogo, Domingos Fleury.