Após a maior goleada sofrida pelo Vasco na história do Brasileirão, por 7 a 2 contra o Atlético, o desembarque do time no Rio de Janeiro foi marcado pelo protesto pacífico de um grupo de torcedores, que logo ganhou o apoio de outros vascaínos que chegavam de viagem. Aos gritos de "Time sem vergonha", "Fora Eurico", "ão, ão, ão...goleiro de botão" e "Timinho", os jogadores chegaram nesta quinta-feira e foram liberados de qualquer atividade em São Januário.
As críticas foram direcionadas, principalmente, ao presidente Eurico Miranda, ao goleiro Élinton e aos jogadores Morais, Felipe Alves e Abedi. A caminhada dos jogadores até o ônibus que esperava a delegação foi agitada. O policiamento protegia os atletas, que saiam cabisbaixos. Irritado, o vice de futebol, José Luiz Moreira gritava.
"Levanta a cabeça, p... Cabeça erguida! Nada de baixar a cabeça!", berrava o dirigente, que negou-se falar com a imprensa.
Nenhum dos jogadores se pronunciou. O único a falar com foi o técnico Renato Gaúcho:
"Foi um pedido meu que os jogadores não falassem. É um momento de preservá-los. Mas já deixei bem claro que quem não estiver a fim de jogar ou feliz de estar aqui vai sair. É difícil achar palavras num momento desses. Mas quando aceitei o cargo já sabia que teria dificuldade", declarou o treinador.
O ônibus da equipe cruzmaltina deixou o aeroporto do Galeão escoltado por dois carros da polícia. Mas, antes disso, os jogadores foram bastante hostilizados. Quem estava sentado na janela procurava fechar a cortina. O meia Morais foi chamado de mercenário. O único que escapou das críticas foi o atacante Alex Dias. Ele teve o nome gritado pelos torcedores.
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