Bergisch Gladbach O coordenador técnico Zagallo, 74 anos, entrou em cena. Figura apagada e frágil da seleção brasileira (perdeu 12 quilos devido a uma cirurgia para a retirada de um tumor no esôfago), o Velho Lobo falou muito ontem sobre Brasil e França. Pudera. Ele foi um dos protagonistas do duelo mais importante entre as duas equipes.
Há dois Mundiais, o hoje braço-direito de Parreira era o técnico do Brasil. Na mais conturbada decisão de Copas, ele bancou a escalação de Ronaldo horas depois do jogador sofrer uma convulsão. Os favoritos então perderam a taça por 3 a 0, com show de Zidane.
É possível comparar a decisão de 98 ao jogo de sábado?Não tem de se levar em consideração o passado. É momento. O jogo será agora. Só faltam três e nós vamos prosseguir. Tenho certeza.
O que está faltando para a seleção nesta Copa?Temos de jogar o nosso futebol, pois temos condições de fazer mais do que apresentamos na primeira fase. Contra Gana mostramos raça, vontade, disposição... A amarelinha vai brilhar mais uma vez em cima da França.
Você chegou a pedir para Santo Antônio por essa revanche?Não pedi a Deus, nem a Santo Antônio. Mas quando estava 1 a 0 para a Espanha, torci para a França. Agora, não sei explicar o porquê.
Qual a recordação que você guarda sobre o episódio do Ronaldo em 98?Eu lembro que ele tinha ido para a clínica e nem fiquei sabendo. Soube às 17 horas, porque antes estava vendo o videoteipe de Croácia e França (jogo semifinal). Quando soube do fato, escalei o Edmundo. O Ronaldo voltou e os exames não detectaram nada. Então o escalei.
Mas e a atuação dele?Eu vou até dizer que o Ronaldo não jogou aquela partida de 98. Hoje o Ronaldo já provou que está bem, até gol de cabeça está fazendo.
O que se pode esperar desse Brasil e França?Espero uma partida com menos correria e mais categoria.
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