Mercado
Santos deve ser o destino de Vanderlei
O goleiro Vanderlei está com um pé fora do Coritiba. Com uma série de propostas, o jogador não foi relacionado para o jogo contra o Serrano, no sábado, por decisão do técnico Ney Franco. Segundo a diretoria, o arqueiro seguirá trabalhando normalmente no CT da Graciosa, mas só será utilizado se as negociações não vingarem.
"Ele está à disposição, mas como tem algumas propostas o treinador achou melhor não utiliza-lo. Não tenha dúvida que neste momento uma venda seria importante para todas as partes, mas não há nada fechado", assegura o vice-presidente coxa-branca Vílson Ribeiro de Andrade.
Nos bastidores, a informação é de que o São Paulo e o Santos estão atrás do jogador. O Peixe, do técnico Dorival Júnior e do diretor Paulo Jamelli (ambos ex-Coxa), seria o destino mais provável do goleiro. O empresário de Vanderlei, Luís Alberto Oliveira, desconversou e disse que há vários clubes interesados. "O negócio pode ser fechado essa semana, mas ainda é cedo para garantir que ele vá sair", afirmou. Negociação finalizada é a do lateral-direito Fabinho Capixaba, ex-Palmeiras. Ele se apresenta hoje ao Alviverde. (RL)
"Vamos, vamos meu Verdão. Vamos, não para de lutar. Vamos em busca da vitória, em busca da vitória, pra sempre vou te amar". O grito de guerra da torcida do Coritiba ecoou forte sábado, na Vila Capanema. Na vitória por 2 a 0 sobre o Serrano, os poucos (2.252 pagantes), mas animados fãs deram uma amostra do que o clube precisa para se reerguer.
Com a proibição das torcidas organizadas após a barbárie da última rodada do Brasileiro (por isso o Couto Pereira está interditado), coube ao torcedor comum inflar o peito e soltar a voz. Nitidamente, a ausência da bateria e da festa dos organizados dentro do estádio atrapalham nesse sentido. Mesmo assim, quem estava na Vila tinha o espírito de apoio incondicional.
"O público está pequeno exatamente porque a organizada não pôde entrar. Não é por uma minoria ter feito o que fez que todos têm de ser punidos", opinou o funcionário público Anderson Tanck, de 32 anos. "Mesmo assim a gente vem por gostar de acompanhar o clube em qualquer situação", emendou, ao lado de toda a família no estádio paranista.
Sem poder fixar bandeiras e faixas em nenhuma grade e parapeito ou usar qualquer adereço que lembrasse as organizadas o clube distribuiu um comunicado oficial aos torcedores especificando as regras , somente os integrantes do Povão coxa-branca lembravam uma facção comum. O grupo, de aproximadamente 20 pessoas, só usa adereços oficiais do clube, não canta músicas com palavrões, tem apenas bandeiras de ídolos alviverdes e não para de gritar o jogo todo.
"O veto às organizadas é correto na minha opinião. São concorrentes do clube usando a marca do Coritiba. Pode ver, só tem meia dúzia cantando músicas da Império", comentou o comerciante Gregor Orlowski, de 40 anos.
Volta para casa
Com ou sem organizada, o que os coxas-brancas querem é voltar logo ao Alto da Glória. No Paranaense, a chance é grande. Com todos os laudos para liberação da praça de esportes em mãos, a direção aguarda um aval do STJD e do Ministério Público para enfrentar o Cianorte em casa na quarta rodada (dia 27). Já para jogar a Série B no Couto, a batalha será bem mais difícil no julgamento do recurso contra a pena de 30 mandos de campo imposta ao Coritiba a situação só será definida em fevereiro.
"É constrangedor vir a um estádio que não é o seu. Estou meio perdido aqui. Sem saber para onde ir", lamentou o estudante Daniel Silva, de 18 anos, expondo um pouco do que a nação coritibana deve enfrentar em 2010.